sábado, 31 de janeiro de 2009

Editora Aleph lança "Os Bastidores de Watchmen"

Finalmente chega ao Brasil Watching the Watchmen, livro em que o artista Dave Gibbons relata o processo de criação de uma das obras em quadrinhos mais cultuadas do mundo.

Os Bastidores de Watchmen traz o estudo dos personagens, correspondências, anotações, esboços e muito material de arquivo. Foi escrito por Gibbons em parceria com os designers Chip Kidd e Mike Essl.

A Editora Aleph assegura que a versão em português tem ainda material exclusivo não incluído na versão original, lançada nos Estados Unidos em outubro passado.

SERVIÇO:
Os Bastidores de Watchmen
Dave Gibbons, Chip Kidd e Mike Essl
Tradução: Ricardo Giassetti
Capa Dura, 280 páginas, Formato: 20,8 x 27,6 cm
Preço: R$ 124,00

Ainda sobre Watchmen, esta semana a Warner liberou a versão final do pôster do filme (veja abaixo). Vamos combinar: poderiam ter caprichado um pouco mais...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

30 de janeiro: Dia do Quadrinho Nacional!

A data foi instituída em 1984 pela Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo.

É uma homenagem àquela que é considerada a primeira HQ publicada no Brasil: As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, de Ângelo Agostini, publicada no jornal Vida Fluminense a partir de 30 de janeiro de 1869.


Anos mais tarde, Ângelo Agostini ajudou a criar a primeira revista brasileira a trazer histórias em quadrinhos, O Tico-Tico, e, hoje, é nome de um tradicional prêmio do mercado brasileiro.

Por conta da comemoração desta data, acontecem hoje e no final de semana vários eventos do quadrinho nacional. Veja alguns:

Hoje:
Loja Comix e Quarto Mundo:
bate papo e autógrafos a partir das 18h (Alameda Jaú, 1998 - Cerqueira César - São Paulo)

Inauguração da sala da Associação dos Quadrinhistas de Londrina: bate-papo com Eloyr Pacheco e Carlos Nascimento (Revistaria Odisséia - Av. Senador Souza Naves, 307 – Centro - Londrina), a partir de 19h

Amanhã:
Jornada de Quadrinhos: Livraria Cultura e o coletivo Dínamo Estúdio produzem e interagem com o público durante oito horas ((Av. Tulio de Rose, 80 - Porto Alegre/RS), a partir das 14h.

(Quem souber de mais algum evento, por favor envie um e-mail para ser divulgado aqui).

Parabéns a todos quadrinhistas brasileiros, que continuam batalhando em um mercado que insiste em lhes dar as costas.

Aquaman e Eléktron vão fundo em Batman



No episódio de The Brave and The Bold que vai ao ar hoje (30) no Cartoon Network americano, Batman é envenenado pelo vilão Químio. Minúsculos, Aquaman e Eléktron entram no sistema sangüíneo do Homem-Morcego para combater a infecção, no melhor estilo do filme Viagem Insólita, de 1987.

O episódio traz também uma aventura curta do Homem Elástico (Ralph Dibny) e Homem Borracha (Patrick O’Brian) combatendo o vilão Baby Face.

Tiradas do Edu

Tiradas do Edu 30/01/2009

Eduardo Manzano é colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, tem trabalhos em publicidade e capas de discos, e HQs publicadas pela editora Júpiter II, do José Salles. Para conhecer um pouco mais do seu trabalho, clique aqui. Se quiser falar com Edu, mande um e-mail para eduardomanzano@ymail.com

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dynamite lança Dracula em quadrinhos

Chega em abril às bancas americanas a primeira parte (de um total de cinco) da minissérie The Complete Dracula, adaptada diretamente do livro de Bram Stocker pelos ingleses Leah Moore e John Reppion (Witchblade), com desenhos de Colton Worley.

Cada número terá 40 páginas, sendo 32 de histórias e o restante com material extra, como páginas do roteiro da HQ e reproduções do texto original escrito por Stocker.

Além da história já conhecida, The Complete Dracula trará ainda um conto curto, “Dracula’s Guest” que foi excluído da publicação original do livro.

Segundo o presidente da Dynamite, Nicky Barrycci, este é o mais ambicioso projeto da editora para este ano e apenas o início de uma série de adaptações literárias que ele vem preparando.

NHQ vai publicar exclusivamente na web

Uma má notícia para os quadrinhistas iniciantes. A recém-criada editora independente de quadrinhos NHQ está abandonando as edições impressas. Por e-mail, o editor Adriano Gon esclarece que o principal motivo para a mudança foi o aumento nos custos de impressão e postagem.

A primeira baixa do novo modelo de publicação da NHQ é a revista Crânio, de Francinildo Sena, lançada em dezembro. O site da editora informa que as vendas já estão canceladas e que quem adquiriu a revista antes disso vai recebê-la normalmente.

Para os novos leitores só vai restar mesmo a edição online no site que, garante Adriano, será reformulado em breve. A boa notícia é que histórias antigas do Crânio, já publicadas em papel, podem ir parar nas páginas eletrônicas da NHQ.

Inclusive, o próprio Francinildo tomou esta iniciativa e passou a publicar suas HQs no formato online em seu novo blog. Para tanto, criou até um selo, o Senarte.

A edição de estréia é Cachorro de Rua #1, de Mark Novoselic, publicada originalmente no fanzine Heróis Brazucas. Para breve, Francinildo promete colocar no ar outra criação sua, Cara de Gato.

De todo modo, Francinildo adianta que não pretende manter o Crânio fora das edições impressas e o coloca à disposição de algum editor interessado em publicá-lo.

DataTársis Informa: O gibi e a educação

Por Társis Salvatore

Há muito tempo, em uma galaxia muito distante, um doutor norte-americano paranóico e preconceituoso disse ao mundo que os gibis eram prejudiciais às crianças. Como uma mentira repetida dez vezes se torna uma verdade, essa baboseira demorou anos para ser derrubada.

Felizmente, a verdade apareceu.

Muita gente que nos honra lendo este blog aprendeu a ler com gibis. Porque os gibis são uma delícia de ler, são divertidos, emocionantes e autoexplicativos.

O preconceito acabou - ao menos o oficial - o que não é pouca coisa. O potencial educacional dos gibis já era flagrante desde os idos de Adolfo Aizen (criador da Ebal), um dos grandes visionários dos quadrinhos. Hoje, várias publicações nacionais, inclusive documentos oficiais como os Referenciais Curriculares para a Educação Infantil e os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental (publicados pelo Ministério da Educação), apontam sugestões para o trabalho com as histórias em quadrinhos em sala de aula.

São sugestões que envolvem a utilização de gibis em atividades variadas e para diferentes disciplinas, já que os quadrinhos são muito atraentes para as crianças. Enquanto recurso didático, os gibis oferecem uma leitura fácil e não exigirem mediadores técnicos para a sua leitura. As crianças se identificam com seus heróis, com as aventuras que eles vivem e aprendem mais fácil.

Sim, gibi é entretenimento. E tem forma mais tranquila de educar uma criança, ensinando histórias e valores do que através do entretenimento?

Doutor pela Facultad de Ciencias de la Información da Universidad Autónoma de Barcelona, Mendes M.R.S lista três possibilidades interessantes de utilização didática das histórias em quadrinhos:

1) A análise crítica das histórias feita em conjunto com a criança;

2) O incentivo à criação de histórias em quadrinhos pela própria criança expressando a sua visão de mundo particular, o que poderia ser feito pelos professores de língua, arte e história; e

3) A utilização das histórias em quadrinhos como um meio de expressão e conscientização política.

A conta é simples. Crianças que leem têm mais chances de se tornar adultos leitores. E adultos leitores, têm mais chances na vida. Porque por melhor que seja uma educação, ler por prazer ainda é uma referência para ser alguém melhor na vida e se divertir muito, muito mais.

Leitores são, no mínimo, pessoas mais interessantes. Dominam diferentes assuntos, tem grande capacidade crítica, são mais perspicazes e a maioria deles tem a fantasia no coração.

Muitos que começam a ler com gibis acabam lendo livros e mantêm o hábito de leitura. Estimule seu filho a ler gibis, depois livros etc. Se você é um professor ou está consciente do poder da educação, presenteie as crianças com gibis.

A educação de um filho é a maior herança que um pai pode deixar.

Referência bibliográfica
Mendes, M.R.S. (1990/1) El Papel Educativo de los Comics Infantiles: (Análisis de los Estereotipos Sexuales). Tese de Doutorado, Facultad de Ciencias de la Información da Universidad Autónoma de Barcelona, Barcelona.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

6º Encontro dos Cartunistas do ABC e São Paulo

O evento acontece neste sábado (30), no Fran’s Café da Avenida Portugal, em Santo André, a partir das 4h da tarde.

O tema do encontro será os 140 anos do quadrinho nacional. Em 1984, a Associação de Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo instituiu o dia 30 de janeiro como Dia do Quadrinho Nacional, em homenagem à data em que foi publicada Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, de Angelo Agostini, em 1869.

Para participar, é preciso levar uma revista em quadrinhos a título de doação para o gibiteca de Santo André.

A programação prevê exposição de ilustrações com o tema “Faixa de Gaza”, análise de portfólio, autógrafos de Ala Volshyn (Pimenta do Reino) e do pessoal do Quarto Mundo e Os 7, além de descontos em livros de cartuns e caricaturas personalizadas.

Mais informações com o organizador, Mastrotti, pelo telefone (11) 8779-9934.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

MAD brasileira continua mensal


Com a notícia de que a publicação americana sofrerá mudanças na periodicidade (de mensal para trimestral) a partir de abril, a Panini faz questão de reafirmar que nada muda na edição nacional e enviou a seguinte nota para o Papo de Quadrinho:

A revista MAD, publicada no Brasil pela Panini, está em seu 10º número e teve recentemente uma reformulação editorial. O volume de material nacional satirizando personalidades e eventos brasileiros deixou a revista muito mais próxima do leitor tupiniquim.

Grandes nomes do humor nacional passaram a colaborar com a publicação, a partir da edição número oito. Criadores como Marcio Baraldi, Marcatti, Jorge Barreto, Bira Dantas, Latuff, Raphael Salimena e muitos outros estão participando mensalmente da
MAD brasileira ao lado de colaboradores clássicos da revista, como Flávio, Xalberto e Amorim. As novas contratações da revista contam com o excelente capista Elias Silveira, os desenhistas Davi Calil (Quanta) e Pablo Mayer (A Casa ao Lado) e o respeitado roteirista Gian Danton (Exploradores do Desconhecido).

Sobre a mudança na periodicidade da
MAD norte-americana - que passará a ser trimestral -, a Panini Brasil esclarece que nada muda na edição nacional. Pelo contrário, a revista ficou muito melhor e mais engraçada. Segundo o coordenador da MAD nacional, Raphael Fernandes, há algum tempo o conteúdo original está muito 'americanizado' e a entrada de talentos brasileiros veio em boa hora. “Mas os leitores podem ficar tranquilos que não vai faltar material de mestres, como Aragonés e Al Jaffee, na MAD brasileira”, declara Fernandes.

Problemas Modernos

Por Manoel de Souza

Há tempos ensaio escrever um artigo sobre scans de quadrinhos. Quando conheci essa prática, fiquei impressionado. Já trabalhei como editor de arte e sei bem como o processo é trabalhoso. Alguém escaneia página por página de uma revista, organiza as imagens, salva tudo em formato cbr (ou cbz) e posta em sites ou disponibiliza gratuitamente por meio de softwares de compartilhamento (como o BitComet).

O resultado é um arquivo muito parecido com o de apresentação do Powerpoint com diversas opções de visualização. Cada revista ocupa cerca de 4 ou 5 megas, o tamanho parecido de uma música em mp3. Daí vem a surpresa: basta uma pesquisa na net e logo aparecem coleções completas de Amazing Spider-Man ou Action Comics, por exemplo. Isso mesmo: completas e devidamente organizadas.

Claro que esse fato tem implicações legais, pois viola direitos autorais de artistas e empresas, coisa que, infelizmente, pouca gente se importa, ainda mais no Brasil. Tão sério quanto isso são as questões éticas e logísticas envolvidas. Se os leitores só consumirem scans e deixarem de comprar gibis impressos, o mercado quebra. Por outro lado, os scans são um tiro no pé para seus próprios adeptos. Se acabar a mídia impressa, logo não haverá mais o que escanear.

Então, basta condenar a prática dos scans e a situação está resolvida? Acho que não. É quase impossível controlar o tráfego de arquivos pela internet e condenar os responsáveis pelos sites que disponibilizam esse material. E a tendência é que a prática torne-se tão corriqueira quanto já ocorre com músicas e vídeos. Uma solução seria investir em HQs feitas especialmente para a net, mas há uma grande barreira: é difícil convencer as pessoas a pagar por algo que podem encontrar gratuitamente ou mais barato por meio da pirataria.

Obviamente, scans são prejudiciais para as editoras e não só as norte-americanas. Meses atrás, em uma de nossas comunidades da Mundo no orkut, um membro inocentemente publicou um link de sites onde podia-se baixar quadrinhos, inclusive material editado por empresas brasileiras, como um encadernado do Surfista Prateado (Mythos) e o livro Desvendando os Quadrinhos (Makron Books).

Pedi para o moderador da comunidade que o tal tópico fosse retirado. Ler scans e deixar de comprar a obra original na banca ou livraria é sacanagem, pois o trabalho de editores sérios deve ser recompensado. Desvendando os Quadrinhos é um puta livro e merece ser comprado. No caso da música, a situação é grave, mas os artistas pelo menos têm os shows ao vivo para se sustentar. No caso de revista em quadrinhos – em que existe pouca publicidade paga –, artistas e editores dependem quase que exclusivamente do que é vendido em bancas, livrarias ou por assinatura.

Não gosto de ler scans. A mudança de páginas é meio chata, o impacto das páginas duplas se perde, não há a agradável textura do papel e o calor do notebook no colo me enche o saco. Para mim, scans servem mais para pesquisas durante a criação de reportagens da Mundo. Fora que sempre fico com um pé atrás se eles são confiáveis. Graças ao Photoshop, é muito fácil mudar os diálogos ou mexer no conteúdo de uma HQ escaneada. Ok, ok, não dá para esperar excelência em produtos piratas. Aliás, nem sei se isso é pirataria pois não tenho notícia de alguém que tenha ganho dinheiro com scans. A galera parece fazer isso pela diversão mesmo e há até quem traduza as edições estrangeiras deixando os balões em português.

Mesmo assim, admito que existe um lado muito positivo nessa história toda. Scans são ótimos para se conhecer raridades que não estão mais nas bancas ou nunca estiveram. Caso de gibis obscuros da Era de Ouro, fanzines regionais com tiragem limitadíssima ou trabalhos independentes ainda inéditos no Brasil. Tenho uma filosofia: se eu gosto de uma revista que li na internet, me esforço o possível para comprar sua versão impressa. Faço questão de comprar tudo que acho legal, especialmente o material brasileiro.

Acredito que só assim podemos melhorar o mercado e pagar honestamente quem trabalha direito. Quem curte quadrinhos precisa consumir quadrinhos. Claro: mas só deve comprar o que realmente gosta e acha bem-feito. Não adianta comprar só para ajudar. Tanto o assistencialismo quanto a pirataria são ruins para o mercado.

Outra solução para amenizar o impacto negativo dos scans talvez seja criar versões digitais das revistas nos sites das próprias editoras. A cada edição da Mundo postamos uma versão que pode ser acessada gratuitamente. Mas, só consegue ampliar as imagens e ler o texto quem paga metade do valor de capa. Na prática, isso funciona mais como um preview do conteúdo da revista, pois já reparei que nossos leitores curtem mesmo é a Mundo em papel.

Para finalizar, uma dica do meu amigo Maurício Muniz. O site Wowio (www.wowio.com) oferece centenas de gibis – infelizmente achei pouca coisa de super-heróis – que podem ser lidos online. Baixar uma cópia custa 99 centavos de dólar. Experimentei e achei legal. Mas ainda prefiro meus gibis empoeirados...

Manoel de Souza (manoel.souza@europanet.com.br) é editor da revista Mundo dos Super-Heróis. Este artigo foi publicado originalmente na seção Etc&Tal da edição 14 da revista e reproduzido com autorização do autor.

5 Perguntas para Gian Danton

O professor universitário Gian Danton (pseudônimo de Ivan Carlo Andrade de Oliveira) já recebeu diversos prêmios por seus roteiros, entre eles o HQ Mix de 1999 e 2000, o Ângelo Agostini e o prêmio da Associação Brasileira de arte Fantástica.

Ele é autor de vários artigos e livros, especialmente sobre o assunto que mais domina: roteiros. O mais recente deles, Roteiro para Histórias em Quadrinhos, acaba de ser lançado pela Editora Popmídia.

Gian Danton responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:

1) O que caracteriza um bom roteiro para quadrinhos?
Acho que não há uma única resposta para isso, já que existem muitos estilos e muitas formas de fazer quadrinhos. Mas algumas coisas fazem com que um roteiro seja bom. O primeiro, creio, é que o texto toque a pessoa, começando pelo próprio escritor. Alan Moore diz que um roteiro de terror deve dar medo em quem escreve. Também é importante uma boa caracterização de personagens e ambientação. O personagem deve ter uma história de vida, que orienta suas ações no presente. Daí a importância dos flashbacks em Lost, por exemplo. E a escolha do ambiente influencia diretamente nos rumos da história, como em Aldebaran, do brasileiro Leo, em que pessoas vivendo num mundo aquático têm comportamento diferente de pessoas que vivem num mundo árido. A pesquisa também é importante para a construção de um bom roteiro. Se vou escrever uma história sobre o Egito, devo fazer uma boa pesquisa sobre aquele país.

2) Tenho notado que os jovens que ambicionam profissionalizar-se como quadrinhistas são muito mais preocupados com o desenho que com o roteiro. A que você atribui isso?
Infelizmente, o desenho é o que mais salta aos olhos. A maioria começa a comprar quadrinhos por causa dos desenhos. Só que o que faz a pessoa continuar comprando é o roteiro, mas poucos quadrinhistas percebem isso. Veja a Image, que era uma editora de revistas-pôster... Parece que o fracasso da Image não ensinou muito aos novos quadrinhistas que pretendem entrar no mercado. Se bem que essa é uma visão compartilhada até por pessoas de outras mídias. Os desenhistas costumam ser mais valorizados pela mídia do que os roteiristas. Um exemplo: quando foi lançada a revista Mulher Diaba no rastro de Lampião, um jornalista perguntou para o Flávio Colin se ele tinha pesquisado literatura de cordel para fazer a história. O jornalista não percebeu que o roteirista era o Ataíde Bras (este sim, pesquisou muito literatura de cordel para escrever o roteiro).

3) Indique uma HQ que ilustra o que é um roteiro bem construído. Por favor, justifique a escolha.
Nossa, agora você me pegou! Tem tantas... Só de cabeça, eu poderia citar muitas, mas vou me limitar a uma que está em voga: Watchmen. Essa HQ é um dos exemplos mais bem acabados de um bom roteiro. Para começar, Alan Moore usou um estilo de narrativa para cada núcleo ou personagem. Os textos de Rorschach são diferentes dos Contos do Cargueiro Negro, que são diferentes de outros personagens, como o Dr. Manhattan. Só um roteirista absolutamente genial conseguiria dominar tantos estilos ao mesmo tempo.

4) Na outra ponta, cite alguma boa história que foi desperdiçada por um roteiro ruim...
Eu costumo dizer que Alan Moore tem a capacidade de transformar m... em ouro, como fez com o Miracleman. Da mesma forma, tem roteirista que acaba transformando ouro em m... O exemplo mais famoso é A morte do Super-Homem. Poderia ter sido uma grande HQ, mas entrou para a história como um dos roteiros mais sofríveis de todos os tempos. As coisas acontecem sem muita lógica, os personagens parece não ter motivação... sem falar da enrolação que foi aquilo. Deus nos defenda!

5) Você é um especialista em Watchmen, tendo inclusive lançado o livro Watchmen e a Teoria do Caos, em 2005. Qual sua expectativa para a adaptação cinematográfica que estréia em março?
Olha, pelo que tenho visto nos traileres, tem coisa muito boa e tem coisa meio estranha. Não acho uma heresia terem modificado um pouco a trama. Desde que se mantenha o espírito original. O que me preocupa é se o sentido original for modificado. Por exemplo, na HQ, o Coruja é um frustrado, um cara que não se deu bem na vida e usa a fantasia de super-herói como estímulo erótico. Mas o trailer mostra ele como uma espécie de Batman. Tomara que tenha sido uma interpretação errada da minha parte. Agora, quanto ao visual, não há o que reclamar...

Gian Danton mantém um blog sobre notícias do mercado de quadrinhos e outro com preciosas dicas sobre roteirização de HQs. Não deixe de visitar.

E se estiver interessado no seu novo livro, clique aqui.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Crise atinge MAD americana

Nunca fui um leitor assíduo da edição nacional da revista de Alfred Newman; por isso, não posso corroborar o opinião de alguns antigos seguidores de que o título passa por uma crise de criatividade (apesar de que, pelos nomes do novo time – Márcio Baraldi, Marcatti e Bira Dantas, entre outros – acredito que este quadro possa mudar).

A crise da MAD americana é financeira mesmo. Esta semana, os editores anunciaram que a publicação, antes mensal, passa a ser trimestral a partir do número 500, que chega às bancas de lá em abril.

Outros títulos derivados – MAD Kids e MAD Classics – estão sendo simplesmente cancelados.

Tudo indica que Alfred Newman é mais uma vítima da política de contenção de custos da Warner (proprietária da DC, editora de MAD), que anunciou recentemente um corte de 10% do seu pessoal na subsidiárias ao redor do mundo.

MAD trimestral passará a custar U$ 5,90 (antes era US$ 4,99) e terá 56 páginas no lugar das 48 habituais.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Trilha sonora de Watchmen tem de My Chemical Romance a Nat King Cole

No embalo da estréia do filme – finalmente confirmada para 6 de março – a Warner anuncia o lançamento do CD com as músicas escolhidas para a adaptação da HQ de Alan Moore e Dave Gibbons.

O disco abre com a interpretação da banda emo My Chemical Romance para a música “Desolation Row”, de Bob Dylan (o líder da banda, Gerard Way é notório leitor de quadrinhos e co-autor de The Umbrella Academy juntamente com o brasileiro Gabriel Bá).

Depois disso, vem Bob Dylan no original, Janes Joplin e Jimi Hendrix, certamente para ambientar a parte da trama que se passa na Guerra do Vietnã.

De resto, alguns clássicos da música norte-americana: Nat King Cole, Billie Holiday ("You're my thrill", a canção que Nite Owl coloca para tocar depois que resgata algumas pessoas de um incêndio) e Nina Simone ("Pirate Jenny", que vai cobrir os créditos finais da animação Contos do Cargueiro Negro, que sairá em DVD simultaneamente a Watchmen).

Agora o mais bacana: a trilha sonora de Watchmen será lançada em CD e disponibilizada para download dia 3 de março, e em numa versão em VINIL que sai dia 17.

Veja a lista completa das canções que vão embalar a mais esperada adaptação cinematográfica dos últimos tempos:

1. Desolation Row – My Chemical Romance
2. Unforgettable – Nat King Cole
3. The Times They Are A-Changin' – Bob Dylan
4. The Sound Of Silence – Simon & Garfunkel
5. Me & Bobby McGee – Janis Joplin
6. I'm Your Boogie Man – KC & The Sunshine Band
7. You're My Thrill – Billie Holiday
8. Pruit Igoe & Prophecies – The Philip Glass Ensemble
9. Hallelujah – Leonard Cohen
10. All Along The Watchtower – Jimi Hendrix
11. Ride of the Valkyries – Budapest Symphony Orchestra
12. Pirate Jenny – Nina Simone

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Papo de Quadrinho viu... Hulk vs. Thor

Nova seção do blog, Papo de Quadrinho viu... não terá periodicidade fixa pois vai depender do acesso a filmes e desenhos antes de sua estréia oficial.

É o caso da nova animação da Marvel, Hulk vs., que sai em DVD e Blu-Ray no dia 27. O episódio contra Thor caiu na rede - legendado - e Papo de Quadrinho viu. Então, se não gosta de spoilers, pare sua leitura aqui.

Se não liga, veja um resumão do desenho:

Durante o sono de Odin, Asgard enfrenta todo tipo de invasores: trolls, gigantes do gelo e até o demônio Surtur. Porém, desta vez, há uma ameaça maior. Loki seqüestrou Bruce Banner; com ajuda de Encantor, separa o frágil cientista do corpo de Hulk, domina a mente do monstro e investe contra o Reino Dourado.

Com exceção de Thor, vários asgardianos tombam, entre eles os Três Guerreiros – Fandral, Volstag e Hogun – e Balder. Porém, Loki perde o controle da criatura que, sem Banner para refrear sua fúria, deixa Thor à beira da morte e inicia uma destruição sem precedentes em Asgard. Seu destino: a câmara onde Odin repousa.

Thor é salvo do toque de Hela pela arrependida Encantor e vai ao encalço de Loki. O Deus da Trapaça, porém, já havia assassinado Banner, a única esperança de salvação para Asgard. Os irmãos, então, partem para o reino de Hela a fim de resgatar a alma do mortal.

Nesse meio tempo, Hulk está cada vez mais próximo da câmara de Odin, com apenas Encantor e Sif a bloquear seu caminho. Ele as derrota e no momento em que se prepara para atacar o corpo inerte do soberano de Asgard, é transportado para Hel por Hela, que foi convencida por Loki a reivindicar a alma do monstro.

Em Hel, Thor e Loki se unem em mais uma violenta batalha contra Hulk. Quando estão quase à mercê do Gigante Esmeralda, Bruce Banner - que até então resistia a unir-se ao monstro novamente – reconsidera, funde-se a Hulk e faz com que ele finalmente se acalme.

Ao perceber a ameaça que Hulk representa para seu reino, Hela decide mandá-lo de volta à Terra. Como compensação por ter perdido a alma de Banner, a Deusa da Morte mantém Loki preso em Hel.

Odin finalmente desperta e presta homenagens a todos asgardianos que defenderam Asgard durante seu sono. Mas, especialmente, rende homenagem ao mortal Bruce Banner, que fez o maior dos sacrifícios para salvar um povo que sequer é o seu.

Com esta animação, a Marvel finalmente acertou a mão e ameaça seriamente a hegemonia da DC nessa mídia. Hulk vs. Thor é infinitamente superior aos desenhos do Homem de Ferro e do Doutor Estranho - nem tanto em termos de técnica e sim de roteiro, fidelidade aos conceitos das HQs e caracterização dos personagens.

Quem curtiu a luta entre Thor e Hulk no primeiro desenho dos Supremos, vai delirar com o confronto dos dois gigantes neste aqui. São 45 minutos de ação quase ininterrupta e diálogos bem construídos.

Tablóide de Watchmen ganha versão virtual


Como parte da estratégia de divulgação do filme Watchmen, que estréia dia 6 de março, a Warner criou uma versão virtual do tablóide The News Frontiersman.

Para quem não está habituado com a HQ de Alan Moore e Dave Gibbons, o New Frontiersman é o jornal ultra-consevador e sensacionalista lido por Rorschach e que se posiciona ao lado dos heróis contra a perseguição movida pelos "comunistas".

A versão virtual apresenta fatos da HQ como se fossem a pauta de reportagens reais: há cenas do local do assassinato da heroína Silhouette e sua parceira, relatos das primeiras aparições do Dr. Manhattan na base de Gila Flats, uma foto do herói Mothman sendo internado e uma impagável foto do astronauta Neil Armstrong logo após seu pouso na Lua, tirada pelo... Dr. Manhattan!

Na pasta em que se encontram os documentos das matérias, dá para ver uma imagem promocional do filme pornográfico do produtor King Taylor estrelado por Sally Júpiter.

Recentemente, foi incluído no site o vídeo abaixo, com uma suposta reportagem da NBS sobre o surgimento do Dr. Manhattan.



Para quem é fã de Watchmen (a HQ), as referências visuais do New Frontiersman são de encher os olhos. Fique atento a este site pois mais novidades devem aparecer até a estréia do filme.

Tiradas do Edu

Photobucket
Eduardo Manzano é colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, tem trabalhos em publicidade e capas de discos, e HQs publicadas pela editora Júpiter II, do José Salles. Para conhecer um pouco mais do seu trabalho, clique aqui. Se quiser falar com Edu, mande um e-mail para eduardomanzano@ymail.com

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Paulo Ramos lança livro sobre a linguagem dos quadrinhos

Editor de um dos mais respeitados blogs sobre quadrinhos na Internet, o Blog dos Quadrinhos – trabalho pelo qual foi premiado com o HQ Mix 2007 -, o jornalista Paulo Ramos está lançando o livro A Leitura dos Quadrinhos pela Editora Contexto, dentro da coleção "Linguagem & Ensino".

Na obra, Paulo Ramos – que teve os quadrinhos como tema de seu doutorado em Letras pela USP – disseca os vários recursos narrativos da nona arte: balões, onomatopéias, escolha de cores, movimentação dos personagens.

Também define os diferentes gêneros de quadrinhos, como tiras, cartuns, charges e outras mais.

Paulo Ramos é professor universitário e tem uma extensa carreira como jornalista, com passagens por veículos como TV Cultura, TV Tribuna, Folha de S. Paulo e Uol. Ele é co-autor de outro livro sobre o tema, Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula, também pela Editora Contexto.

A Linguagem dos Quadrinhos começa a ser vendido ainda este mês. Tem 160 páginas e vai custar R$ 23,00.

Vindo do Paulo, só pode ser coisa boa. Recomendo fortemente para todos aqueles interessados em conhecer mais sobre a forma como são narradas as histórias em quadrinhos.

Heath Ledger no páreo para o Oscar 2009

Para os nerds de plantão, a lista dos indicados ao prêmio da Academia, divulgada na manhã desta quinta-feira (22), trouxe uma notícia esperada: Heath Ledger está no páreo pela estatueta de Melhor Ator Coadjuvante.

E nem se pode dizer que o Coringa do filme The Dark Knight seja um azarão. A conquista póstuma do Golden Globe no começo do ano o credencia para levar também o Oscar.

Além do mais, a divulgação dos indicados aconteceu no exato dia em que se completa um ano da morte do ator por overdose acidental de medicamentos. E todos sabemos que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas é chegada neste tipo de coincidência.

A surpresa para os fãs dos quadrinhos talvez tenha ficado pelo total desprezo à grande quantidade de filmes de heróis que estrearam em 2008.

The Dark Knight mordeu algumas indicações técnicas (das quais deve levar a maioria): Direção de Arte, Fotografia, Montagem, Maquiagem, Mixagem de Som, Edição de Som e Efeitos Visuais.

Batman concorre com três outras adaptações dos quadrinhos: Homem de Ferro (Edição de Som e Efeitos Visuais), Procurado (Edição de Som e Mixagem de Som) e Hellboy (Maquiagem). E só! Nada para Hulk, Procurado, Justiceiro, Speed Racer ou Spirit.

Pelo visto, os membros da Academia andam cada vez mais ranzinzas!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Mundo dos Super-Heróis 14 chega às bancas


Chega às bancas do Rio e São Paulo no início da próxima semana (nas demais praças só em março) a edição 14 da revista Mundo dos Super-Heróis, publicação bimestral da Editora Europa vencedora de dois Prêmios HQ Mix.

A revista apresenta várias mudanças a partir deste número: mais páginas, ampliação de seções existentes e criação de novas, capa com maior gramatura e adição da quinta cor. Por conta das melhorias, o preço sofreu um pequeno reajuste: R$ 14,90.

Esta edição de janeiro/fevereiro traz o dossiê de um dos maiores nomes da indústria mundial dos quadrinhos: Stan Lee, numa capa desenhada pelo artista brasileiro Joe Bennett. São 26 páginas dedicadas a falar do seu início da carreira, a criação do universo Marvel, o trabalho como editor nos anos 70, a produção de desenhos animados e seriados, a parceria com gênios como Jack Kirby e Steve Ditko, as famosas aparições nos filmes de seus personagens e, ainda, uma lista com 10 HQs imperdíveis escritas por ele.

A seção De A a Z, escrita por mim, detalha a obra-prima de Alan Moore e Dave Gibbons, Watchmen, e antecipa alguns fatos da adaptação cinematográfica que estréia dia 6 de março.

As demais seções são Heróis Clássicos, com Spirit; Retrô-TV, sobre o desenho animado de He-Man; Fichado, a respeito do mago Constantine; Procurado: Darkseid; Action Figures, com os saudosos bonecos Super-Powers; Catacumba, sobre a também saudosa revista Heróis da TV; e Clássicos da Era de Ouro, a última matéria de Gedeone Malagola para a Mundo dos Super-Heróis, com lembranças da personagem Sungirl.

A revista publica, ainda, uma entrevista com o artista brasileiro Rafael Albuquerque, uma homenagem ao precursor do mangá no Brasil, Cláudio Seto – morto em novembro passado – e a nova seção Colecionador, além das já tradicionais Artista da Capa, Recebemos, Peneira Pop, Superleitores e Galeria.

E ainda: na seção Etc & Tal, o editor Manoel de Souza abre um debate sobre os prós e contras dos “scans”, quadrinhos digitalizados que inundam a Internet.

Nos próximos dias, a versão digital da revista está disponível aqui.

Concurso Cultural: Microconto


Papo de Quadrinho e Andross Editora lançam seu primeiro Desafio Cultural. Envie um microconto (texto com até 600 caracteres incluindo espaços!) com temática de super-heróis para o e-mail papodequadrinho@gmail.com e concorra a livros.

Os três melhores textos serão publicados aqui no Papo de Quadrinho e submetidos a “júri popular” por meio de uma enquete. O prazo é dia 31 de março.

O quê? Não sabe o que é um microconto? Não desanime. A título de exemplo – e inspiração – veja estes dois escritos por Edson Rossatto, editor da Andross:

PATERNIDADE
Crescera sem o exemplo de um pai. Repentinamente, aquele que deveria exercer essa função apareceu, reivindicando autoridade. Angústia. Dúvida. Sofrimento. Resolveu, então, devolver tudo que recebera daquele que seria seu genitor: um saquinho de esperma.

COMPROMISSO
Quadris em vai-e-vem, urros, suor, lençóis amarrotados. Aquela havia sido a melhor transa de ambos. Só não continuaram porque ele precisava rezar a missa das oito.

(Leia outros microcontos de Edson Rossatto aqui)

Fácil, não? Não, não é. Então coloque a cabeça para funcionar e participe. Mas, antes, leia o regulamento abaixo...

REGULAMENTO:

01 – Este concurso, organizado pelo blog PAPO DE QUADRINHO e pela ANDROSS EDITORA, tem por objetivo fomentar, divulgar, prestigiar e premiar microcontos com temática “super-heróis” em qualquer instância, seja de personagem conhecido ou criado pelo próprio autor;

02 – Qualquer pessoa pode participar, desde que respeite o regulamento de participação;

03 - Serão aceitos para avaliação, no máximo, 2 (dois) microcontos de cada participante, com até 600 (seiscentos) caracteres, contando os espaços, mas não o título;

04 - As obras devem ser apresentadas em língua portuguesa e o autor deverá possuir endereço de remessa dentro do território nacional;

05 - Serão escolhidos os três melhores textos por Jota Silvestre, editor do PAPO DE QUADRINHO, e por Edson Rossatto, editor da ANDROSS EDITORA. Em enquete, os participantes do blog escolherão a classificação de cada microconto;

06 – O 1º lugar ganha 3 livros: Curta-Metragem (microcontos), Entrelinhas (Contos e microcontos) e Retratos Urbanos (Crônicas);
O 2º lugar ganha 2 livros: Curta-Metragem (microcontos) e Entrelinhas (Contos e microcontos);
O 3º lugar ganha 1 livro: Curta-Metragem (microcontos);

07 - As obras deverão ser encaminhadas no corpo da mensagem para o e-mail papodequadrinho@gmail.com, juntamente com os seguintes dados:
Nome completo:
Nome para publicação (abreviado, caso queira):
Endereço completo:

Telefone com DDD:

08 - Microcontos que não se encaixarem nos termos do regulamento serão automaticamente desconsiderados;

09 - Os autores das obras vencedoras autorizam sua publicação no blog PAPO DE QUADRINHO por tempo indeterminado como forma de divulgação dos resultados;

10 - As obras enviadas não serão devolvidas;

11 - Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos pela Comissão Editorial;

12 - Os vencedores receberão seus prêmios em casa sem qualquer despesa;

13 – Serão considerados os microcontos enviados até o dia 31 de março de 2009; os três contos selecionados serão publicados e submetidos à escolha dos leitores no dia 13 de abril; o resultado final será conhecido no dia 27 de abril.

DataTársis informa: A série que mudará para sempre o universo dos super-heróis nesta última semana

Por Társis Salvatore

Uma das formas que as principais editoras criaram para fidelizar os leitores foram as séries ou arcos das histórias, em que uma aventura de seu herói favorito começa, se desenrola por cinco ou seis edições e termina iniciando uma nova história. É a garantia de que o leitor comprará as novas edições da revista para saber o destino de seus heróis.


Infelizmente, esse conceito foi levados às raias do exagero e transformado em “maxisséries” que envolvem a grande maioria dos principais heróis de uma editora, transbordando em todas as demais revistas e fazendo com que um mesmo tema passe a ser visto em praticamente todos os títulos dessa editora.

Some isso à necessidade do mercado brasileiro em fazer “mixes”, ou seja, publicar duas ou mais histórias por revista, e você terá uma confusão dos diabos, já que existe hoje no mercado uma maxissérie após a outra, sem descanso.

No Brasil, temos os recentes exemplos de Guerra Civil da Marvel e Crise Final da DC Comics, séries que possuem revistas próprias, porém envolvem diversos títulos. Essas séries prometem “mudar para sempre, o universo dos super-heróis” mas, na prática, muitas das mudanças sobrevivem apenas até a chegada a próxima saga – que, aliás, costuma acontecer imediatamente ao final da última. Antes de mais nada, não estou pondo em xeque a qualidade destes gibis, seja no que se refere à arte ou trama.

Mas em vez de as editoras primarem principalmente pela qualidade dos artistas e das histórias, tentam muitas vezes segurar a atenção do leitor com constantes mudanças de equipes e heróis, obrigando-o a comprar uma quantidade absurda de gibis para ficar por dentro dessas mudanças. Como se não bastasse, o “pra sempre” nos gibis sempre acaba. O herói de hoje se torna o vilão de amanhã. O herói morto hoje renasce, o renacido ontem se torna vilão e morre, e assim caminha o universo heróico.

Sim, todas essas mudanças sempre fizeram parte do universo dos quadrinhos de super-heróis, tudo bem. Mas nunca foi tão difícil (e caro) acompanhá-las. Baseado nessas dificuldades, adianta culpar os scans? Seriam eles a doença ou o sintoma de um mercado nacional que não parece coerente com seus leitores?

De uns tempos para cá, cansa ver as editoras emendando uma série atrás da outra. Além de ser desgastante, é confuso. Além de confuso, é caro, é inevitável o custo por trás desse marketing maquiavélico, sem contar o crescente e tentador número de encadernados, que são arcos de histórias completas, fechadas em um único volume, com começo, meio e fim. Para que comprar avulso se virão os encadernados?

Várias perguntas surgem. Como cativar novos leitores com tanta incoerência, com tantos lançamentos imperdíveis e alterações cronológicas simultâneas e efêmeras?

Como tenho mais perguntas que respostas, deixo uma dúvida no ar: até quando durará a paciência do leitor ou a verba de que ele dispõe para (tentar) colecionar as séries? Estaria decretado (de verdade) o fim dos super-heróis?

É um mistério.

Nota do Editor: Agradecimento ao amigo Ricardo Quartim, que cedeu a imagem da sua coleção para ilustrar esta matéria.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Besouro Azul da Era de Prata no desenho do Batman


O episódio desta semana de The Brave and The Bold, Fall of the Blue Beetle, vai resgatar o segundo – e mais popular – Besouro Azul dos quadrinhos: Ted Kord!

A aventura, na verdade, reúne duas gerações do personagem ao colocar o herói da Era de Prata lado a lado de Jaime Reyes, que assumiu o manto do Besouro Azul após a morte de Ted Kord nos quadrinhos em Contagem Regressiva para Crise Infinita (2007).

O trecho do desenho liberado pelo Cartoon Network mostra uma divertida “disputa” entre as parafernálias eletrônicas de Batman e do Besouro Azul. Confira:

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

5 Perguntas para Laudo

Laudo Ferreira Júnior, um dos co-autores de História do Brasil em Quadrinhos, começou a carreira de ilustrador em 1983 e já publicou seus trabalhos pelas principais editoras do País. Ao longo dos anos, atuou em publicidade e na criação de cenários e figurinos para diversos espetáculos. Em 1996, abriu o Estúdio Banda Desenhada com seu sócio Omar Viñole, com o qual presta serviços de ilustração profissional e desenvolvimento de personagens.

O ano que acabou foi cheio de atividades para Laudo, uma prova de que com esforço e profissionalismo há bastante mercado para quadrinhistas brasileiros. Este ano, em que sua personagem Tianinha entra na nona série de publicação ininterrupta, não deve ser diferente para Laudo, como você confere nas 5 Perguntas que ele respondeu para o Papo de Quadrinho.

1) Como nasceu a idéia da Tianinha?
A Tianinha nasceu em 2000. Na ocasião, eu já trabalhava com a Editora Rickdan, que publica a revista “Sexy”, como ilustrador. O Licínio Rios, editor da revista na ocasião e tremendo amigo meu, me chamou falando que a editora estava trabalhando no lançamento de uma nova revista, uma versão menor e mais barata da “Sexy”, e que tinham a intenção de fechar cada edição com uma HQ. Sua idéia era que em vez de ter histórias avulsas, cada número teria histórias vividas por uma personagem fixa e me propôs a criação dela, daí veio a Tianinha. Durante todo ano de 2000 fui trabalhando nas histórias da personagem e de seus amigos muito em cima do que a editora me pedia. A coisa era bem profissional mesmo e isso conseqüentemente gerou histórias eróticas da personagem (não chegam a pornô, pois não é a proposta da revista), bem óbvias digamos assim. Com o passar de uns dois anos, a editora foi vendo que os leitores gostavam das histórias da Tianinha e aí, seu espaço foi ficando.
Em 2004, pela Internet, comecei a perceber que havia um bom público fã da loirona e isso se confirmou em 2005 quando lançamos uma edição especial só com HQs da personagem que vendeu muitíssimo bem. Naquele ano, junto com a publicação de quadrinhos “Contos Bizarros” (acho que é esse o nome...) foi à publicação nacional que mais vendeu. Isso é sério mesmo. Para editora, o número igualou-se às vendas normais de uma publicação masculina, mas para quadrinho foi muito bem. Na ocasião, comentei isso com o jornalista Sidney Gusman e ele só reiterou tudo isso. No ano seguinte, foram lançadas mais duas edições especiais que também foram bem nas bancas.
A partir daí comecei a dar outra perspectiva para a personagem e suas histórias. Mesmo mantendo o teor erótico, jogava com outros enredos, outras possibilidades, criando mais um pouco de trama, procurando até mesmo jogar um humor não tão óbvio no gênero e, principalmente, transformar a personagem em algo que o leitor realmente se identifasse, ou seja, a Tianinha é aquela gata loira que todo mundo conhece ou pode cruzar na rua.
Vale contar muita gente já disse que o nome Tianinha foi meio copiado da Tiazinha, o que nada tem a ver. Quem sugeriu esse nome foi o próprio Licínio Rios na ocasião, em 2000, pois disse tratar-se de uma brincadeira que fazia com uma amiga jornalista do meio editorial que não quis me revelar quem era, mas assegurou que eu a conhecia. Infelizmente meu amigo veio a falecer uns dois anos depois, quando inclusive já não trabalhava mais na Editora Rickdan. Não sei o que ele acharia de ver a longevidade da personagem, mas a grande piada que faço é que este “segredo” da origem do nome ele levou para o túmulo. Mas, enfim, assim estamos até hoje. Minha relação com a editora é tranqüila, tenho total liberdade para desenvolver assuntos diversos para as HQs da Tianinha e espero que continuemos assim por um muito tempo. A loira vai agradecer...rs.

2) Você esteve bastante ocupado em 2008, não? História do Brasil em Quadrinhos, Filosofia em Quadrinhos, a continuação de Depois da Meia-Noite... isso sem falar no projeto aprovado pela Secretaria de Cultura, O Mistério da Mula sem Cabeça. Como você dá conta de tantos projetos e ainda toca o estúdio Banda Desenhada?
Muita coisa mesmo...rs. Fora umas HQs curtas que andei produzindo para revistas mix como “Boca do Inferno.com”, “Café Espacial”, “Quadrinópole”, “Hangar”, além de mensalmente produzir a série da Tianinha ... Trabalho a beça!...rs...
Na verdade, alguns trabalhos, como os lançados pela Escala Educacional no final do ano passado, foram produzidos ao longo de 2007 e ficaram um bom tempo em produção editorial. O resto é muita disposição e vontade de fazer quadrinhos. Aí eu ajusto ao ritmo diário de trabalho do meu estúdio e claro, há também o Omar, meu sócio e parceiro nas HQs. São raros os trabalhos que não fazemos juntos. Isso ajuda muito. Mas como disse, é muito trabalho, quem pensa que vida de desenhista é moleza se engana. O negócio é sentar na prancheta e produzir. Não acredito muito nesse negócio de “inspiração” sou mais da coisa da “transpiração”.

3) Então é possível viver de quadrinhos no Brasil?
Ainda não. Mas já dá para ganhar alguma coisa, dentro do que o mercado oferece. Cabe ao bom profissional saber lidar com as editoras. Não basta ter só talento, ser “gênio do traço”. É preciso ter postura, confiabilidade, saber muitíssimo bem o que está fazendo e para quem se está fazendo. Isso somado a mais algumas coisas, facilita muito seu trânsito no mercado. Esses itens valem tanto para o quesito profissional, quanto para o autoral, o artístico. As duas coisas, ao meu ver têm que estar juntas.

4) Qual sua avaliação geral dos quadrinhos brasileiros de super-heróis? Há algum personagem com que você gostaria de trabalhar profissionalmente?
Acho difícil falar sobre isso, pois não é uma área de meu total interesse. Não transito por aí, embora conheça vários autores, roteiristas e desenhistas que trabalhem com esse gênero. Porém, mesmo não sendo minha “especialidade” e nem meu gênero predileto, respeito e acho que cada um faz o que bem entender. Porém o importante (e isso lógico não se aplica só ao gênero “heróis”) é que se procure criar personagens, heróis ou não, enredos, enfim, sem a intenção de “fazer o meu”, tipo: “vou criar o meu Batman... vou criar o meu Wolverine”, pois aí não tem graça, o leitor que curte o gênero quer ler O Batman, O Wolverine, compreende? Acredito que exista uma infinidade de possibilidades de se criar heróis e sem a sombra da linha americana. É quase impossível hoje em dia se criar algo novo, original, mas se o cara for fiel a seus princípios e procurar ser um “criador” e não um “leitor”, aí já se pode ter algo.
Falando em termos de produção, para breve devo desenhar uma HQ para a revista “Tempestade Cerebral” com roteiro do Alex Mir, seu editor, com sua personagem Força Mística, que é, de certa forma, uma heroína. Ando até curioso para ver como irá sair isso. Mas falando em termos de personagens que aí estão também, nunca pensei nisso, acredite. Há uma boa quantidade de heróis que eu curto, tipo Batman, que é um tremendo personagem, Sonja, a guerreira, pois curto essa linha de visual antigo e, é claro, fêmeas sensuais... mas nunca cheguei a pensar nisso.

5) Em quais projetos você estará envolvido em 2009?
Se as coisas realmente acontecerem como se está prevendo... Para meados desse ano, deverá sair pela Via Lettera o álbum “Esta noite encarnarei em teu cadáver”, adaptação do filme homônimo do cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão. Esse trabalho foi feito em 1996 e foi o início de minha parceria com o arte-finalista e sócio do estúdio, o Omar. Pela Editora HQM deverá sair esse ano, “Yeshuah-assim em cima assim em baixo”, o primeiro volume de uma série de três partes em que conto a vida de Jesus dentro de um visão pessoal. É um trabalho que muita gente tá esperando, ja tem muita gente malhando também... mesmo sem ler ainda...rs...
Há o trabalho com roteiro do Alex Mir, “O mistério da mula sem cabeça” que foi selecionado pela Secretaria da Cultura e no qual já estou trabalhando em seus desenhos.
Pelo Quadro Imaginário, estou preparando uma edição com sketchs e pin-ups da Tianinha, além do roteiro de uma quarta edição de “Depois da Meia-Noite”, que desta vez será desenhada pelo Alexandre Santos, autor da capa do número 3. Fora às séries da loirona que produzo todos os meses.
Bastante coisa!!! Mas, na verdade, uma parte já estava pronta há tempos, como o caso do “Yeshuah” e a do Zé do Caixão, que eu estava na batalha há muito tempo para publicação. Se tudo se concretizar, se for lançado, será um ano que poderei trazer muitas histórias para rapaziada antes de qualquer outra coisa, se divertir muito!

domingo, 18 de janeiro de 2009

Esta semana: Três encontros de História do Brasil em Quadrinhos

É i sso aí, amigos!

Esta semana teremos não uma, mas três sessões de autógrafos do livro História do Brasil em Quadrinhos!

Todas acontecem em diferentes lojas da Livraria Cultura, sempre a partir das 18h. Confiram:

Dia 20/01 (terça-feira) - Shopping Market Place
Dia 22/01 (quinta-feira) - Shopping Bourbon Pompéia
Dia 23/01 (sexta-feira) - Shopping Villa Lobos

História do Brasil em Quadrinhos apresenta o encadeamento dos fatos históricos que levaram à Independência do Brasil de forma simples e descontraída.

A obra foi desenvolvida pelo núcleo da revista Mundo dos Super-Heróis, do editor Manoel de Souza, em parceria com Edson Rossatto (pesquisa histórica e argumento), Jota Silvestre (roteiro); Laudo (desenhos); Celso Kodama (esboços); Omar Viñole (cores) e André Morelli (assistente de edição).

Vejo vocês lá!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Obama e HQs: isso vai longe!

Era mesmo de se esperar. Depois de aparecer nas revistas de Savage Dragon e Amazing Spider-Man – esta já teve as duas primeiras tiragens esgotadas e a Marvel prepara uma terceira – o presidente Barak Obama vai estrelar uma aventura em Youngblood #8, que chega às bancas americanas em fevereiro.

A HQ é escrita e desenhada por ninguém menos que ele, o mestre da anatomia e da simpatia, Rob Liefeld!

Modesto, Mr. Liefeld criou uma história de seis páginas em que um dos primeiros atos do novo presidente dos Estados Unidos será escolher seu a nova formação do grupo de heróis para proteger o país.

Como se não bastasse, a Image já anunciou que a partir da edição seguinte de Youngblood, em março, Liefeld volta a assumir integralmente o título.

Em tempo: a Moonstone também acaba de associar Barak Obama a seu Captain Action. O personagem nasceu como uma action figure e tem a capacidade de se transformar em outros heróis, de Superman a Besouro Verde (e, agora, presidente dos Estados Unidos!)

Exclusivo: 7 Supremos estréia na rede

Ainda não dá para dizer que o grupo de heróis brasileiros criados por Léo Laino vai “sair do papel”. Mas pelo menos, ganhou uma história completa que poderá ser lida a partir de amanhã no site HQNado.

Os 7 Supremos surgiram em 2007. Trata-se de uma equipe com personagens de diversas etnias que agem com apoio do Governo Federal: Arakno, Ájax, Sentinela de Aço, Felynea, Arkhanna, Iahra e o líder do grupo Trovão Dourado.

A HQ de estréia terá 22 páginas em preto e branco, com roteiro, lápis, arte-final e letras de Léo Laino. Vai colocar os heróis combatendo um inimigo comum e, de quebra, apresenta os personagens para os leitores.

“Meu estilo é aquele típico dos anos 80, aquelas HQs sem compromisso com a realidade”, explica Léo. “Esta primeira história tem bastante ação, que eu adoro ver numa HQ!”

Os 7 Supremos integram um universo maior de personagens, o Universo Zenith, que Léo Laino vem desenvolvendo há mais de 20 anos. Para o futuro, Léo adianta que está preparando uma mega-saga que vai apresentar as bases do Universo Zenith.

Para ler a HQ dos 7 Supremos, clique aqui (a partir do dia 17).

Para conhecer o trabalho de Léo Laino, visite:
www.zenithuniverse.multiply.com/
www.fotolog.terra.com.br/zenithstudio
http://www.lexlain.nafoto.net/

TV: Batman encontra Desafiador

A dupla vai ao além para enfrentar o Cavaleiro Fantasma no episódio de The Brave and The Bold que vai ao ar esta noite nos Estados Unidos.

O desenho também terá participações especiais do Arqueiro Verde, Ricardito e Kamandi, personagem criado em 1972 por Jack Kirby.

Assim, The Brave and The Bold vai mantendo sua dinâmica de misturar elementos modernos e clássicos e apresentar personagens obscuros às novas gerações (na semana anterior, foi a vez de Fera Bwana).

Diversão garantida! Confira por si mesmo no vídeo abaixo:

Watchmen: acordo sai hoje

Warner e Fox vão apresentar na manhã desta sexta-feira um acordo para o juiz federal Gary Feess e solicitar o encerramento do processo.

Os termos do ajuste entre as partes ainda não foi revelado, mas especula-se que envolva o pagamento de uma quantia considerável de dinheiro para a Fox, que também terá uma porcentagem da bilheteria. Por outro lado, o estúdio não terá qualquer outro direito sobre o filme nem irá distribuí-lo.

A Warner, por sua vez, garante que vai insistir para que o produtor Larry Gordon – que no final das contas parece ser o causador de toda essa confusão – assuma as despesas processuais.

Vamos esperar o anúncio do acordo...

Tiradas do Edu

Tiradas do Edu 16/01/2009

Eduardo Manzano é colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, tem trabalhos em publicidade e capas de discos, e HQs publicadas pela editora Júpiter II, do José Salles. Para conhecer um pouco mais do seu trabalho, clique aqui. Se quiser falar com Edu, mande um e-mail para eduardomanzano@ymail.com.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Rio Grande comemora o Dia do Quadrinho Nacional


Em 1984, a Associação de Quadrinhistas e Cartunistas do Estado de São Paulo instituiu o dia 30 de janeiro como Dia do Quadrinho Nacional, em homenagem à data em que foi publicada aquela que é considerada a primeira história em quadrinhos brasileira: Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, criação de Angelo Agostini, em 1869.

Para marcar a data, os quadrinhistas da cidade do Rio Grande/RS (terra do Lorde Lobo) vão promover um evento dia 31 com desenho livre, debates e venda de HQs independentes no Ponto de Cultura Artestação (entrada do balneário Cassino).
Livros - Submarino.com.br