sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Action Comics #1: Quer pagar quanto?

Uma cópia da lendária revista de estreia do Superman, datada de junho de 1938, será colocada em leilão virtual a partir das 14h de hoje (27) no site ComicConnect.

O lance inicial é de US$ 1,00 (R$ 2,35). Bom, né? Só que a expectativa dos especialistas é que até o dia 13 de março, quando os lances serão encerrados, a relíquia atinja o valor de US$ 126 mil (R$ 296 mil)!

Nada mal para uma HQ que valia 10 cents de dólar quando foi lançada. O dono da revista garante que pagou 35 cents quando a adquiriu, em 1950. Estima-se que existam apenas umas 100 cópias desta HQ nos dias de hoje.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Novidades na Senarte Editora

O novo selo do quadrinhista Francinildo Sena é fruto da necessidade. Foi criado quando a editora NHQ, que começou a publicar as histórias de Crânio em dezembro passado, anunciou no final de janeiro que mudaria seu modelo para publicações exclusivamente virtuais.

Francinildo criou seu próprio blog e o selo Senarte para divulgar não só material inédito como relançar uma série de HQs publicadas anteriormente em papel.

Desde então, o blog vem passando por melhorias e disponibilizando vários títulos: Heróis Brazucas (periodicidade quinzenal), Cara de Gato e Cachorro de Rua (semanal) e Crânio (sem periodicidade fixa).

A Senarte também vai começar a publicar HQs virtuais de outros autores. Os interessados podem mandar o material para Francinildo Sena por e-mail.

As revistas podem ser baixadas gratuitamente e lidas no formato PDF (Acrobat Reader) ou CBR (CDisplay).

Confira como está o catálogo da Senarte, baixe as HQs e conheça algumas boas produções do quadrinho nacional:

Crânio: A morte chega rastejando (Francinildo Sena e Mark Novoselic)
Crânio e Lady Jane (Francinildo Sena e Elton Brunetti)
Cara de Gato 1 e 2 (Francinildo Sena e Marcelo Salaza/Mark Novoselic)
Cachorro de Rua 1, 2 e 3 (roteiro e desenhos de Mark Novoselic)
Heróis Brazucas 1: coletânea com histórias de Crânio (Francinildo Sena), Retrato da Morte (Elton Brunetti) e Lagarto Negro (Gabriel Rocha)
Heróis Brazucas 2: coletânea com histórias de Velta (Emir Ribeiro), Redentor (Marcos Franco), Hiena (Elton Brunetti) e Cara de Gato (Francinildo Sena e Orlando Maro)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quem gosta de Quadrinhos gosta de Carnaval? – Resultado da Enquete

Considerando a pequena amostra que votou entre a tarde de sábado e o meio-dia da quarta-feira de Cinzas, a maioria dos leitores deste blog tem opinião parecida com a do editor.

Com 46,4% dos votos, venceu a opção: Tá louco, Jota? São como água e óleo: não se misturam!; em segundo lugar (35,8%) ficou a resposta conciliatória: Depende da hora. Cada um no seu quadrado; e, por último, com 17,1% do total: Por que, não? Deixa de ser nerd!.


Pela pouca adesão à enquete – apenas 9% dos visitantes únicos do período votaram – não dá para afirmar que quem gosta de Quadrinhos não gosta de Carnaval.

E nem era esta a intenção!

A brincadeira acabou gerando um interessante debate, que extrapolou para as diferentes definições do que é ser “nerd” nos dias de hoje.

Valeu, pessoal, pela participação e bom humor!

DataTársis informa: Amei a Menina Infinito ao som de Snow Patrol

Menina Infinito é uma criação do carioca Fábio Lyra, vencedor com méritos do Prêmio Ângelo Agostini deste ano.

Narra as aventuras da jovem Mônica, uma carioca que vive em clubes e festas indies (expressão para “independente”, bandas de rock fora da grande mídia). Ela, assim e seus amigos refletem as desorientações e agruras típicas da idade, mas sempre com boa música e referências da cultura pop.

Para um grupo urbano em que o indie rock era uma poderosa trilha sonora de prazer e guia de comportamento, as histórias são muito próximas. Lyra viveu sua pós-adolescência no início dos anos 90 e como amante de bandas “alternativas”, teve o privilégio de ouvir toda uma geração de grandes grupos ingleses daquele período, uma herança que passou para seus personagens. Teenage Fanclub, Pulp, Ride, Pixies, The Boo Radley, entre outras, estão sempre presentes, seja em citações seja em emoções.


A musica é recorrente em toda a saga da Menina Infinito - que não tem superpoderes, mas tem uma bela coleção de camisetas de bandas.

O grafismo refinado Lyra e seu pleno domínio narrativo dão a impressão que ele conhece como ninguém esse universo. E conhece, pois viveu aquele período maravilhoso.

Seus personagens são cativantes e facilmente reconhecidos por quem viveu o underground naquela época. Mesmo quem não participou deste universo nos anos 90 deve se divertir com prazer em acompanhar tais personagens. Até porque, segundo relatos de amigos meus, esse gueto se renovou, mas não mudou tanto assim.

Com influencias de autores como Nick Hornby, os Irmãos Hernandes e Terry Moore e HQs underground americanas, só para citar alguns autores, o livro da Menina Infinito compartilha suas ambições e paixão pelo rock indie e diverte pra valer, sem grandes pretensões.

Não tem como não se apaixonar pela Mônica. Até o grande cantor Morrisey tem uma queda por ela.

Imperdível!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Watchmen viral: O decreto Keene

À medida que a estréia de Watchmen nos cinemas se aproxima, aumenta o número de produtos, trailers, clipes, eventos, livros, quadrinhos e tudo mais relacionado à trama do filme.

Não é segredo que o editor deste blog é grande fã da HQ de Alan Moore e Dave Gibbons e um dos mais entusiasmados com o longa-metragem. Por isso, na medida em que o tempo livre permitir, vou postando alguns destes “brinquedinhos” aqui.

O mais recente vídeo viral de Watchmen é uma espécie de “serviço público” que explica a importância do decreto Keene, aquele que, na trama, proibiu a ação de vigilantes mascarados a partir de 1977.

O vídeo apela para o patriotismo dos americanos, exibe cenas interessantes dos Minutemen – grupo que agia na década de 40 e antecedeu os Watchmen – e alerta para o perigo dos vigilantes mascarados, que tomaram para si o papel de juiz, júri e executores.

Clique aqui para assistir. Vale a pena.

Watchmen tem premiere mundial

A primeira exibição do filme de Zack Snyder baseado na HQ de Alan Moore e Dave Gibbons aconteceu na noite do dia 23 em Londres.

No lugar do tradicional tapete vermelho, o teatro Odeon West End foi decorado com um carpete nas cores preto e amarelo em que se via o título Watchmen e o famoso Smiley manchado de sangue.

A presença do elenco principal, do diretor e de Dave Gibbons, além de uma seleta platéia de convidados, atraiu uma pequena multidão para a porta do teatro, claro.


Malin Akerman (Espectral), Jackie Earle Haley (Rorschach), Jeffrey Dean Morgan (Comediante) e Dave Gibbons

Por aqui (o leitor deste blog já está cansado de saber), Watchmen estréia dia 6 de março.

De quebra, os produtores acabam de liberar um vídeo de três minutos centrado em dois dias do “diário de Rorschach”, narrando o início das investigações sobre o assassinato do Comediante.

HQMix 2009 vai homenagear Eugenio Colonnese

Uma das mais importantes premiações nacionais dos quadrinhos já tem data marcada para julho; a votação dos melhores começa já no mês que vem.

Mantendo a tradição de homenagear um grande quadrinhista a cada edição, este ano a estatueta do troféu será a personagem Mirza, a Mulher Vampiro, de Eugenio Colonnese, falecido em setembro passado aos 79 anos.

O HQMix nasceu em 1989 a partir de um quadro sobre quadrinhos apresentado pelos cartunistas JAL e Gual no programa TV Mix, apresentado por Serginho Groisman. Nas 20 edições do prêmio já realizadas, Serginho tem sido o mestre-de-cerimônias da festa.

O prêmio é coordenado pela ACB – Associação dos Cartunistas do Brasil e IMAG – Instituto Memorial das Artes Gráficas do Brasil, e conta com cerca de dois mil votantes.


Uma das categorias do HQMix é para trabalhos de conclusão de curso, mestrado ou doutorado sobre quadrinhos ou humor gráfico. Os interessados em concorrer já podem enviar cópias de seus trabalhos para o endereço Praça Roosevelt, 142 – Centro – São Paulo – CEP 01303-020.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

5 Perguntas para JAL

A biografia de José Alberto Lovetro, o JAL, fala por ele: são tantos trabalhos publicados em veículos de comunicação de circulação nacional e tantos prêmios ao longo de mais de 35 anos de carreira que ficaria enfadonho enumerar todos aqui.

JAL não é reconhecido apenas como artista; é um ativista que há décadas vem lutando pelo quadrinho nacional, notadamente por meio da Associação dos Cartunistas do Brasil, entidade que ajudou a fundar. Juntamente com o cartunista e amigo Gualberto Costa, criou uma das principais premiações dos quadrinhos no Brasil, o HQMIX, que já tem sua 21ª edição marcada para julho deste ano.

JAL responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:

1) De que forma as premiações como Ângelo Agostini, HQMIX e, mais recentemente o Bigorna, ajudam a desenvolver o mercado de quadrinhos no geral e a produção nacional em particular?
O primeiro Troféu criado foi o Ângelo Agostini ainda quando fundamos a AQC-SP em 1984. Depois houve desentendimentos na Associação e após as primeiras eleições em 1985 para a nova direção, ela não conseguiu ter mais eleições e seguir seu estatuto. O Worney seguiu então levando adiante o Troféu até os dias de hoje. A ACB surgiu como uma associação nacional para dar suporte à representação em todo o Brasil e levantar as discussões unindo as diversas associações regionais. Foi base para que pudéssemos criar o Troféu HQMIX já em 1988 quando atuávamos no programa TV MIX da TV Gazeta-SP com o Serginho Groisman e a Astrid Fontenele. Atualmente chegou o Troféu Bigorna ligado ao site de mesmo nome.
Acho que quanto mais prêmios melhor, pois fortalece na mídia e para todos que existem muitos profissionais trabalhando no humor gráfico e em quadrinhos no Brasil. Isso é mais importante do que ganhar um troféu em si. Guardando as devidas proporções, o que seria do cinema americano sem um Oscar promovendo as produções e seus profissionais? Claro que não teríamos mais gente indo ao cinema enquanto podem ter em casa uma tela gigante com som irado, um bom dvd ou canal pago e uma poltrona.


2) Você acredita que ao incluir HQs no PNBE (Programa Nacional de Biblioteca da Escola) o Governo Federal está contribuindo para o desenvolvimento do quadrinho nacional? De que outras formas o poder público poderia contribuir?
Claro que é algo muito importante esse reconhecimento. Lutamos por isso faz muitas gerações. Antes tarde do que nunca. O quadrinho é a linguagem ideal para conseguir alguma concentração da criança e do jovem para a leitura. Acho que, além disso, é preciso uma maior discussão nas Câmaras Setoriais de Política Cultural incluindo essa área das artes visuais. Atualmente somos uma fração da Câmara Setorial de Artes Visuais que trata quase que completamente de pintura. Por essa razão, estamos nos reunindo nos últimos anos, entre associações de classe e entidades afins, para lutar pela nossa Câmara Setorial que englobe quadrinhos, ilustração, charges, cartuns e animações. O Sergio Mamberti acaba de assumir a Funarte e deve nos abrir uma porta para que os profissionais da área possam discutir a política cultural que desejam para seu setor.
Além disso há um projeto de lei no tramitando no Congresso que pede a obrigatoriedade de 20% de publicação obrigatória para a produção de quadrinhos brasileiros. Esse tipo de coisa não pega, pois existe a lei de mercado que se impõe sobre essa obrigatoriedade, mas esse projeto tem algo que pode dar certo que é o incentivo fiscal para quem publicar HQ nacional. Aí tanto os desenhistas como as editoras podem entrar em acordo unindo as pontas da produção.
Vamos ver se esse ano a coisa anda.

3) Muitos desenhistas brasileiros vêm conquistando sucesso nos Estados Unidos nas duas maiores editoras de lá, Marvel e DC. Quais os aspectos positivos e negativos desta "exportação" de talentos?
O aspecto positivo é que a qualidade do desenhista brasileiro é muito boa e exporta artistas como exportamos jogadores de futebol.
A parte ruim é que esses desenhistas poderiam produzir muito para o mercado brasileiro se editores e entidades valorizassem mais essa linguagem como valorizam o futebol.

4) O que você pensa da reserva de mercado, tão arduamente defendida pelos quadrinhistas nos anos 50 e 60? Funcionaria naquela época? Funcionaria nos dias de hoje?
Como disse antes, acho que lei de obrigatoriedade não funciona mais. Não funcionou com a antiga obrigatoriedade de exibirem curtas brasileiros antes dos longas estrangeiros nos cinemas. As distribuidoras começaram a comprar ou produzir qualquer coisa só pra cumprir a lei e foi uma catástrofe. Ao invés de levantarmos o mercado para o cinema nacional, as pessoas odiavam ver aqueles filmetes e começaram a falar que o cinema nacional era uma merda mesmo. Funcionou ao contrário e levamos muitos anos antes de voltarmos a ter um melhor conceito do público de nosso país.
Com os quadrinhos, é claro que a editora vai tentar completar a cota de obrigatoriedade com qualquer coisa que tiver à mão. As revistas não venderão e as editoras poderão também dizer que quadrinho nacional dá prejuízo. O melhor são leis de incentivo que agradam às editoras e ajudam aos artistas com mais opções de trabalho. Havendo incentivo, é bem possível que abram mais editoras apenas para publicar quadrinho nacional. Aí temos uma chance de ganhar algum público que é o que fará aquela revista continuar no mercado.
Hoje temos ótimos desenhistas para suprir o mercado. Estamos já conseguindo também melhorar nos roteiros que sempre foram uma pedra no sapato para nossa produção.
Já brigamos muito por leis protecionistas, mas com a internet tudo virou busca de público em qualquer parte do mundo.

Quais seus projetos em quadrinhos para 2009?
Esse ano será muito forte para os quadrinhos e o humor gráfico. Quero colocar no ar um novo site de humor interativo baseado no meu fotoblog, mas com muito mais opções de interatividade. Estou terminando de escrever o livro com a professora Sonia Luyten sobre a importância dos quadrinhos na área educacional. No HQMIX estamos fazendo um ajuste fino nos prêmios e na votação nacional que já atingiu 2.000 votantes profissionais ou estudiosos. Nosso site http://www.hqmix.com.br/ estará sendo atualizado com maior frequência.
Também estamos ajudando a organizar um grande evento de animê/mangá para julho que trará grandes surpresas para os amantes da área e também de fora. Além disso, pretendo publicar um livro de uma série que venho publicando na Europa chamada "Pequenos Pecados", meio ao estilo Feiffer.
Para ver alguns dos cartuns do JAL, visite http://jalcartoon.nafoto.net/

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Quem gosta de Quadrinhos gosta de Carnaval?

Tomando por base meu gosto pessoal e o de alguns amigos próximos, a resposta é: NÃO!

Tenho cá pra mim que quem curte quadrinhos e cultura pop no geral prefere passar longe do ziriguidum e do axé que domina os meios de comunicação nesses quatro dias.

Na melhor das hipóteses, assisto aos desfiles das Escolas de Samba pela televisão até o sono chegar. Mas confesso que já no dia seguinte não lembro quem levou qual enredo para a avenida. Também não tenho saco para assistir ao compacto...

Obviamente, posso estar errado...

Então, aproveito para perguntar a opinião dos leitores do Papo de Quadrinho. Vote na Enquete (na barra à esquerda) até o meio-dia da quarta-feira de Cinzas...

Batman TDK rompe a barreira do bilhão

Agora é oficial. Nesta sexta-feira (20), a Warner anunciou que o filme dirigido por Christopher Nolan cravou um faturamento mundial de US$ $1,001,082,160, sendo US$ 533,1 nos Estados Unidos e US$ 468 milhões no resto do mundo.

Com isto, The Dark Knight passa a integrar o seleto grupo formado apenas por Titanic (US$ 1,842 bilhão), O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei (US$ 1,119 bilhão) e Piratas do Caribe: O Baú da Morte (US$ 1,066 bilhão)

Até o relançamento do filme no final de janeiro – pegando carona nas oito indicações para o Oscar – a bilheteria estava na marca de US$ 997 milhões. Com uma provável estatueta póstuma para Heath Ledger neste domingo, certamente a Warner deve engordar seus cofres em mais alguns milhões.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Vale-Tudo: diversão garantida!

Chegou às minhas mãos estes dias, por cortesia do autor, o mais recente livro de Márcio Baraldi, Vale-Tudo.

“Mais recente” é força de expressão: a HQ foi lançada no final de novembro durante a festa de entrega do 1º Troféu Bigorna, mas reúne uma série de histórias soltas e sem personagens fixos publicadas aqui e ali desde os anos 80.

Os elementos que viriam a pautar o trabalho de mais de duas décadas de Baraldi está todos lá: o humor escrachado e nonsense, o traço anárquico, a crítica política, social e de costumes. O leitor pode não concordar com o posicionamento ideológico do autor (eu mesmo não concordo com alguns pontos de vista), o que não significa que sua abordagem não seja bastante divertida.

Em Vale-Tudo, Baraldi está muito bem acompanhado. Há histórias feitas em parceria com Bira Dantas e Marcatti (dois grandes profissionais dos quadrinhistas de humor e seus colegas atualmente na MAD); prefácios dos jornalistas Paulo Ramos e Gonçalo Júnior (estes dispensam apresentação); e contra-capa coberta de depoimentos de gente do meio sobre o trabalho de Baraldi (Julio Shimamoto e Rodolfo Zalla entre eles). Vamos combinar, não é pouca coisa.

Minha história preferida em Vale-Tudo é Toda a Verdade Sobre o Chupa-Cabras, uma paródia com o saudoso jingle das “balas Juquinha” (quem tem mais de 35 lembra!). É uma das coisas mais absurdas e engraçadas que já li!

O livro foi lançado pela Opera Graphica e ainda pode ser encontrado por R$ 12 no site da Comix. Vale-Tudo vale o investimento.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quadrinhos mais vendidos nos EUA em janeiro

A Diamond Comics, maior distribuidor mundial de quadrinhos em língua inglesa, divulgou nos últimos dias a lista das HQs mais vendidas no mês passado.

O resultado não trouxe nenhuma surpresa: com cinco impressões, Amazing Spider-Man 583 – que traz o histórico encontro do Escalador de Paredes com o presidente Barak Obama no dia de sua posse – ficou no topo da lista.

As demais também eram mais ou menos esperadas: os títulos ligados à nova saga da Marvel, Dark Reign, e Crise Final, da DC.

Entre os encadernados, o primeiro lugar ficou com Walking Dead Vol. 09: Here We Remain, da Image, seguido de Watchmen (DC).

Confira a lista completa das HQs mais vendidas nos Estados Unidos em janeiro:

1) AMAZING SPIDER-MAN #583
2 ) DARK AVENGERS #1 (DARK REIGN)
3 ) FINAL CRISIS #6
4 ) FINAL CRISIS #7
5 ) NEW AVENGERS #49 (DARK REIGN)
6 ) CAPTAIN AMERICA #46
7 ) BATMAN #685
8 ) ASTONISHING X-MEN #28
9 ) JUSTICE LEAGUE OF AMERICA 10 ) BUFFY THE VAMPIRE SLAYER

Heróis “infantis” da Marvel vão virar desenho

Primeiro, a linha de bonecos Marvel Super Hero Squad foi parar nas histórias em quadrinhos. Agora, vai virar animação.

O canal Cartoon Network (que exibe o desenho Batman The Brave and The Bold) encomendou a produção de 26 episódios, com meia-hora cada, que devem estrear no outono americano (entre setembro e dezembro).

Marvel Super Hero Squad apresenta os principais personagens da editora de forma mais “amigável” para as crianças. A HQ ainda não conheço, mas posso dizer que a linha de bonecos da Hasbro é bacana.

Como a Marvel sabe reconhecer uma mina de ouro, já está trabalhando num game também.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

DataTársis informa: O “maior gibi do mundo” está de volta

Por Társis Salvatore

Gosto de muitos super-heróis e, como todo maldito fã de grupos especiais, nunca escondi que o meu favorito era o Quarteto Fantástico, criação seminal da genial dupla Stan Lee/Jack Kirby.

Foi o primeiro grupo de heróis da Marvel, responsável por uma revolução no modo como os super-heróis existiam e se portavam. Todo mundo já sabe história: quatro tripulantes de um foguete experimental são irradiados pelos raios cósmicos e ganham poderes especiais, decidindo, assim, dedicar suas vidas para proteger a Terra da vilania. Aí começa uma carreira sensacional, com altos e baixos e algumas aventuras inesquecíveis.

Não lembro como comecei a comprar, gostar e colecionar as histórias do Quarteto, mas imagino que foi nos anos 80. Além de serem poderosos e com diferentes e marcantes personalidades, eu sempre gostei demais da idéia de que o Quarteto é uma família. Talvez porque a família seja uma coisa complexa, estranha, maravilhosa, confusa, boa e de que dificilmente conseguiremos nos livrar. Imaginem isso tudo com superpoderes!

Peguei boas fases do grupo, com o trabalho de grandes criadores. Stan Lee, claro, e também John Byrne e mais tarde Mark Waid são os que me vêm à mente e que me agradaram muito quando se debruçaram sobre o Quarteto Fantástico.

Muitas revistas foram lançadas, muitos especiais, encadernados, e de um modo ou de outro acabei adquirindo a maioria deles, mesmo sabendo que nem todos eram bons.

Agora fico feliz em descobrir que neste mês a revista Universo Marvel da Panini, mais especificamente a edição 44, está chegando no Brasil com um excepcional arco de histórias do Quarteto Fantástico, preparado no capricho pela prestigiada dupla européia de criadores Mark Millar (roteirista, escocês) e Bryan Hitch (ilustrador, inglês).

Esses caras fizeram um trabalho sensacional recentemente em outras revistas, o que os credenciou a assumir o Quarteto. Relembrando, Millar trabalhou em Supremos, Authority, Superman, Homem-Aranha; Hitch em Authority, Supremos, Mulher Hulk e outros.

Eu já li metade dessa nova fase do Quarteto em scans, o que obviamente não vai me impedir de comprar a revista em papel. Eu dificilmente guardo scans, são um saco para ler, não fazem parte da minha coleção. Mas pelo menos posso adiantar aos queridos leitores e passantes desse espaço que esta dupla criativa coloca novamente o Quarteto Fantástico em destaque, já que a revista da superequipe, no passado, já foi conhecida como “o maior gibi do mundo”.

A trama começa quando uma ex-namorada de Reed Richards aparece com informações terríveis sobre o destino da Terra e, daí em diante, a família de super-heróis precisa enfrentar eventos apocalípticos, espaciais e, como sempre, lutar salvar o mundo.

É gostoso saber que velhos heróis podem aparecer em novas e grandes histórias. Essa maravilhosa capacidade que os gibis têm de nos divertir e nos levar a sonhar com o impossível é o que faz com que os quadrinhos de heróis sejam tão singulares, mesmo em meio a tantos problemas.

A vinda dessa nova fase certamente me fará abrir o arquivo e reler grandes histórias do passado. Essa magia vai ajudando a manter a mente jovem, o coração aberto e a disposição para viver grandes aventuras. Reais ou não.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Marvel libera HQ digital de Homem-Aranha e Barak Obama

Explosivo sucesso da Marvel – revista mais vendida nos Estados Unidos em janeiro, segundo a Diamond Comics, e com cinco impressões – The Amazing Spider-Man 583 está disponível no site da editora em formato digital e de graça! (é necessário cadastrar-se no site antes)

Foi nesta edição que o Escalador de Paredes encontrou o presidente Barak Obama no dia da posse. A versão digital traz como bônus quatro páginas de prólogo inéditas, as capas de cada uma das impressões e a história Gettysburg Distress publicada originalmente numa edição especial da revista Spider-Man em comemoração ao “Dia do Presidente” (16 de fevereiro) nos Estados Unidos.

Gettysburg Distress, uma referência a um dos mais famosos discursos do presidente Abraham Lincoln, mostra o Capitão América contando ao Homem-Aranha como voltou no tempo e assistiu ao tal discurso.

Em Spidey Meets the President, o Homem-Aranha decide interferir quando, na cerimônia de posse, aparecem dois Obamas! Claro que um deles é o Camaleão, devidamente desmascarado e preso. Destaque para uma das falas do Aracnídeo: Tenho certa experiência com impostores, sejam eles clones, robôs ou o Tobey Maguire.

Difícil entender a estratégia da Marvel em liberar um notório pote de ouro de forma gratuita no seu site. Talvez a editora não queira investir em outra reimpressão; talvez perceba que as vendas já chegaram ao limite; talvez queira bombar suas HQs digitais, já que, no e-mail que anuncia a publicação, a Marvel oferec 10% de desconto na assinatura no canal Digital Comics.

Ou então, o mais provável é que todas estas alternativas estão corretas.

Editora Abril resgata clássicos do Zé Carioca

Graças ao trabalho do editor Paulo Maffia, a partir deste mês a revistas Zé Carioca passa a publicar histórias raras das décadas de 1970 e 1980 e que ainda não havia sido reeditadas.

“Como grande parte do nosso publico é de 8 a 19 anos, são inéditas para toda uma geração”, conta Paulo.

A edição de fevereiro, por exemplo, traz a história Zé Carioca x Ricardinho, desenhada por Renato Canini – um dos artistas mais marcantes do personagem - e publicada pela primeira e única vez em 1976. No próximo mês sai outro clássico de Canini, Resultado Chutado, de 1973.

“Desde que eu assumi a publicação, há cinco anos, trabalho para que em cada edição exista uma historia de cada fase do papagaio, uma de cada grande artista que passou pela vida do Zé”, lembra o editor.

A recuperação destas HQs é um capítulo à parte. Paulo fica meses pesquisando nos arquivos de filmes da Abril para selecionar as histórias. Depois disso, o material é digitalizado e recolorido, as falas dos balões são refeitas e são aplicados os créditos originiais.

“A Abril já foi a maior produtora de historias Disney do mundo. Só do Zé Cariocoa são quase 40 anos de historias, então existe muito material nos nossos arquivos. Infelizmente, muita coisa se perde pela ação do tempo”.

A Abril deixou de produzir material nacional da Disney em 2000 e, hoje, as histórias inéditas vêm da Itália e da Dinamarca. Outra coisa bacana neste trabalho de recuperação que Paulo Maffia vem realizando é que estas histórias clássicas do Zé Carioca serão publicadas depois na Europa.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Como foi o 25º Prêmio Ângelo Agostini

A festa no Sesc Vila Nova em São Paulo começou às 13h com a exibição do primeiro desenho animado brasileiro em longa-metragem, Sinfonia Amazônica, seguida de palestra do professor Álvaro de Moya sobre o filme.

Cheguei por lá às 15h, a tempo de assistir outra palestra, esta do professor Antonio Luiz Cagnin sobre a vida e obra do pioneiro dos quadrinhos brasileiros, Ângelo Agostini. Uma verdadeira aula!

Em seguida, vários parceiros do evento apresentaram seus projetos, como o editor da Revista Mundo dos Super-Heróis, Manoel de Souza, o Alex Mir da revista Tempestade Cerebral e o pessoal da ACQ - Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo.

Manoel de Souza

Um dos pontos alto da entrega do troféu Ângelo Agostini foi a presença da Tianinha, personagem de Laudo Ferreira que completa nove anos ininterruptos de publicação. Laudo, um dos vencedores deste ano, recebeu o prêmio das mãos de sua provocante criação. Como a maioria da platéia era formada pelo público masculino, vocês podem imaginar o que virou aquele auditório!

Laudo Ferreira e Tianinha

Outro destaque vai para o discurso do Márcio Baraldi, outro premiado. Baraldi é autêntico, espontâneo, uma grande figura! E é sempre bom ouvir uns conselhos de um profissional consagrado para os novos artistas. Quanto mais conheço o Baraldi, mais o admiro como pessoa e quadrinhista.

Márcio Baraldi

Para finalizar, um café com o pessoal que faz a Mundo dos Super-Heróis na lanchonete em frente ao Sesc. É sempre bom rever os amigos e jogar um bom papo nerd fora...

Fransérgio, Maurício Muniz, eu, André Morelli, Manoel de Souza, (passo), Gabriela Franco, Daiane (Banca de Quadrinhos), Társis Salvatore e Sofia (agachados)

Confira a relação dos premiados desta edição do Ângelo Agostini:

Melhor Desenhista – Laudo Ferreira JúniorMelhor Roteirista – Daniel Esteves
Melhor Cartunista – Marcio Baraldi
Melhor Lançamento – Menina Infinito (Editora Desiderata)
Melhor Fanzine – Quadrinhos Independentes (Edgard Guimarães)
Troféu Jayme Cortez – Coletivo Quarto Mundo
Mestres do Quadrinho Nacional - Emir Ribeiro, Deodato Filho, Mozart Couto, Sebastião Seabra, Sergio Morettini e Watson Portela

Promoção Clássicos da Comix vai até sexta-feira


Quem quiser faturar um punhado de HQs legais tem até o dia 20 para responder a pergunta: Qual é a heroína mais sexy dos quadrinhos e por quê?. Detalhe, são só 20 palavras, no máximo.

Esta é mais uma promoção da Revista Mundo dos Super-Heróis com a livraria Comix e vai premiar as três melhores frases com o seguinte kit:

- Biblioteca Histórica Marvel – Homem Aranha vol. 2
- Biblioteca Histórica Marvel - Surfista Prateado vol. 1
- As Tiras do Homem-Aranha volume 2
- Hellblazer/Constantine – Hábitos Perigosos
- Enciclopédia Marvel
- Spirit (nova série) 1 a 4
- Marvel Apresenta 31 - Stan Lee
- E o mais bacana: assinatura anual da Mundo dos Super-Heróis (seis edições).

Entre agora no site e veja o regulamento.

Aviso aos leitores deste blog: eu faço parte da comissão julgadora; portanto, caprichem!

5 Perguntas para Paulo Ramos

Paulo Ramos é um dos mais respeitados jornalistas de quadrinhos da atualidade. Com sólida carreira em redações de grandes veículos de comunicação, é também professor universitário e autor.

Seu Blog dos Quadrinhos é uma referência para quem quer se manter bem informado sobre este segmento. Não à toa, tanto Paulo quanto o blog foram premiados com o HQ Mix no ano passado.

Ele está lançando o livro A Leitura dos Quadrinhos, pela Editora Contexto, em que disseca os vários recursos narrativos da nona arte.

Paulo Ramos responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:

1) Quando foi que você resolver fazer dos quadrinhos (que, acredito, sejam uma paixão de criança) sua tese de doutorado e, depois, matéria-prima do seu trabalho jornalístico?
A ideia de estudar quadrinhos academicamente vinha desde os tempos das graduações em Jornalismo e em Letras. Após me formar, no fim de 1995, iniciei um mestrado sobre a área na Unicamp. Tive de abandonar, no entanto, para me dedicar à carreira jornalística. Em 2001, decidi voltar a investir na vida acadêmica e retomei o projeto, agora na USP. Foi o que levou ao doutorado, defendido em 2007. A relação jornalística com os quadrinhos surgiu em 2006, quando trabalhava no grupo Folha-UOL. Fiz um comentário interno dizendo que o portal tinha poucas notícias sobre quadrinhos. Recebi, como resposta, uma pedido de sugestão. Propus um blog jornalístico, com notícias diárias sobre a área. Foi assim que surgiu o Blog dos Quadrinhos, ligado à redação do UOL.

2) Seu blog se diferencia dos sites de notícias de quadrinhos por trazer poucos posts por dia, porém mais aprofundados, apurados e checados. Como você seleciona o que é notícia?
A proposta inicial do blog, desde o início, era a de dar um "tiro por dia", como costumo dizer. O diferencial seria a qualidade da notícia e do texto, sempre com um tratamento jornalístico, e não o volume de informações. Acredito que tenho conseguido cumprir essa meta. A quantidade de notícias sobre a área é impressionante e precisa, como tudo no jornalismo, passar por um crivo editorial. Uso diferentes critérios para selecionar o que noticio: ineditismo do tema, urgência da informação, qualidade da notícia, importância do assunto. Tento também sempre me colocar na posição do leitor. Eu, como leitor, gostaria de ler essa informação? Como se vê, não é nada muito diferente do que fazem as redações de jornalismo. Mas um cuidado que sempre tomo é o de tornar o assunto claro para quem normalmente não lê quadrinhos.

3) Você acha que o leitor de quadrinhos ainda sofre preconceito?
Sofre, sim. Historicamente, os quadrinhos sempre foram algo vinculado à infância. Ainda existe essa visão, a de que quadrinhos são coisa de criança. Tanto que o adolescente e o adulto que continuaram lendo trabalhos quadrinísticos formaram uma espécie de maçonaria, um grupo meio à parte da sociedade. Note que os leitores de quadrinhos no Brasil sempre tiveram esse tipo de comportamento, que tende a ser discriminatório, jocoso. Mas vejo um ensaio de mudança nos últimos anos. A grande novidade é que os quadrinhos passaram a ser vistos com bons olhos por instrumentos formadores de opinião, como a lista de obras que o governo federal distribui às escolas. Isso tem levado o assunto à força ao não-leitor e posto em choque a visão tradicional sobre o assunto. Vemos, hoje, um claro embate desse discurso novo com o "tradicional", herdado de gerações passadas.

4) Recentemente, você divulgou o lançamento ou relançamento de várias obras teóricas sobre quadrinhos (Falas & Balões, Narrativas Gráficas, A Magia dos Quadrinhos) e você mesmo está lançando A Leitura dos Quadrinhos. Por que a arte sequencial tem sido objeto de tantos estudos?
Minha leitura é que a ida dos quadrinhos para o campo do ensino - em vestibulares, programas governamentais etc. - obrigou a academia a dar respostas à adiada falta de estudos sobre o assunto. Os quadrinhos - salvo raras exceções - foram ignorados pelas universidades brasileiras no século passado. Agora, vê-se a necessidade de estudar o assunto, embora ainda com resistências de alguns acadêmicos. Outra novidade nessa mudança de discurso sobre os quadrinhos são exatamente as dissertações e as teses produzidas nos programas de pós-graduação. O discurso científico, levado à grande sociedade, tende a dar uma autoridade teórica à linguagem, algo que, no país, ainda não existe. Note que, para justificar os quadrinhos, muitos ainda os chamam de "literatura" ou "forma de literatura". Isso nada mais é do que dar um rótulo socialmente aceito, a literatura, para nomear uma linguagem historicamente vista como marginal ou infantil. Abordo esse tema no primeiro capítulo de "A Leitura dos Quadrinhos".

5) Os quadrinhos já viveram as Eras de Ouro, Prata, Bronze... Na sua visão, em que "era" estamos hoje, quando ela começou e o que a caracteriza?
Sou um dos poucos que não concordam com essa divisão em "eras". Essa separação funciona, talvez, para os quadrinhos norte-americanos. Mas a história da história em quadrinhos é muito maior do que o que foi produzido nos Estados Unidos. Veja o caso dos mangás e dos trabalhos europeus, para ficar em dois exemplos. Por isso, não saberia precisar em que "era" estamos hoje. O que podemos dizer, no entanto, é que a internet tem trazido fortes mudanças à área, tanto no processo de produção quanto no de veiculação. Hoje, as melhores tiras brasileiras são produzidas na internet, e não mais nos jornais. Esse impacto da meio virtual é algo que precisa ser observado bem de perto.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Contos do Cargueiro Negro: 1º trailer



O site da MTV divulgou um pequeno (pequeno mesmo, só um minuto!) da animação da “história dentro da história” de Watchmen: Contos do Cargueiro Negro.

Durante a produção do longa-metragem que estréia dia 6 de março, foi divulgado que “Contos” não seria incluído na trama do filme por questões orçamentárias.

A solução encontrada pelo diretor Zack Snyder foi produzir a história em desenho animado e lançá-lo em DVD e Blu-Ray na onda do filme.

A boa notícia finalmente foi confirmada e trouxe um bônus: junto com “Contos”, sairá outra história paralela de Watchmen: a auto-biografia de Holis Mason, Sob a Máscara, em formato de minidocumentário.

Obviamente curti esta mostra do desenho, se bem que esperava um estilo mais “sujo”, fiel às HQs de piratas da EC Comics. Outra coisa que descobri neste trailer, é que a animação será narrada por Gerard Butler, o Leônidas do filme 300 (outra HQ transformada em filme por Zack Snyder). Boa!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Batman: Do velho oeste à China



No 11o. episódio da série The Brave and The Bold, "The Return of Fearsome Fang", que vai ao ar hoje à noite no Cartoon Network americano, Batman divide a cena com Johah Hex (no teaser inicial) e o Tigre de Bronze (na trama principal).

Juntamente com o ex-membro do Esquadrão Suicida, o Homem-Morcego enfrentam o Trio Terrível - Raposa, Abutre e Tubarão - que se juntaram aos ninjas do Clã das Sombras e estão mais fortes que nunca depois que invadiram o Templo Wudang e roubaram um tótem sagrado.

Confira um trecho aqui.

Papo de Quadrinho entrou em contato com a assessoria de imprensa do Cartoon Network no Brasil para tentar descobrir quando - e se - este desenho estréia por aqui. Ainda aguardamos resposta.

Tiradas do Edu

Tiradas do Edu 1309209

Eduardo Manzano é colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, tem trabalhos em publicidade e capas de discos, e HQs publicadas pela editora Júpiter II, do José Salles. Para conhecer um pouco mais do seu trabalho, clique aqui. Se quiser falar com Edu, mande um e-mail para eduardomanzano@ymail.com

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

DataTársis Informa: Na crise, corra pra Gibiteca!

Por Társis Salvatore

Em época de crise, fica difícil manter em dia a coleção de quadrinhos. Nem por isso você precisa deixar a leitura de lado. Alguns recorrem aos scans – uma prática nem sempre legal mas normalmente “sacal” de ler no computador.

Uma boa saída para contornar o problema são as Gibitecas. O melhor link que encontrei para uma pesquisa de endereços pelo Brasil está aqui.

Em São Paulo, temos a Gibiteca Henfil, uma alternativa gostosa e gratuita. Para quem não sabe ou não lembra, Henfil foi um dos maiores cartunistas do Brasil, colaborador do Pasquim no final da década de 70 com trabalhos de humor político, crítico e satírico, e personagens tipicamente brasileiros e malucos, como Os Fradinhos.

Em diversas cidades do estado e em outros estados também existem Gibitecas. Basta dar uma fuçada no grande oráculo do século XXI e encontrar a Gibiteca de sua cidade. Vale lembrar que algumas Bibliotecas possuem acervos de quadrinhos algumas vezes surpreendentes.

Aqui em São Paulo, a Gibiteca Henfil tem aproximadamente 75.000 gibis, entre álbuns, revistas e fanzines distribuídos por faixa etária, o que signfica que se você já for um “mestre” nerd, pode trazer seus filhos e compartilhar o nobre amor pelos HQs.

Isso sem falar das raridades, como publicações dos anos 50 e 60 das editoras EBAL, RGE e outras que, já aviso, estão disponíveis apenas para consulta.

Parte do acervo pode ser emprestada mediante matrícula, que é facílima: basta a apresentação de um documento original com foto e um comprovante recente de endereço. Se não quiser, não tem problema: o Centro Cultural Vergueiro, onde está localizada a Gibiteca Henfil, é um lugar excelente para cutir sua leitura.

Além do espaço em si, a Gibiteca se empenha em realizar eventos, como exposições, cursos de HQ, encontros (RPG e quadrinhos), atende o público leitor e pesquisadores, e tem espaço e estrutura para combinar um encontro com os amigos. Fica ao lado do Metrô Vergueiro, o que facilita a vida de quem anda pela cidade. Basta dar uma olhada na programação.

Alguns eventos da própria Gibiteca promovem encontros de fãs e profissionais dos quadrinhos, o princípio de todo quadrinista famoso. A Gibiteca é um ótimo lugar para curtir seu gibi, conhecer novos e antigos títulos, pesquisar, desencanar e até fazer um passeio.

E o melhor – tudo na faixa.

GIBITECA HENFIL
Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso
Informações: (11) 3397-4090 ou pelo email
gibiteca@prefeitura.sp.gov.br
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados (exceto Carnaval e Páscoa), das 10h às 17h.
A entrada é permitida até 30 minutos antes do fechamento.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Este sábado tem Prêmio Ângelo Agostini

A entrega de uma das principais premiações nacionais dos quadrinhos acontece a partir das 13h no Senac Consolação (Rua Doutor Vila Nova, 228). A entrada é gratuita.

Os vencedores desta 25ª edição do prêmio são conhecidos desde a primeira quinzena de janeiro:
Melhor Desenhista – Laudo Ferreira Júnior
Melhor Roteirista – Daniel Esteves
Melhor Cartunista – Marcio Baraldi
Melhor LançamentoMenina Infinito (Editora Desiderata)
Melhor FanzineQuadrinhos Independentes (Edgard Guimarães)
Troféu Jayme Cortez – Coletivo Quarto Mundo
Mestres do Quadrinho Nacional - Emir Ribeiro, Deodato Filho, Mozart Couto, Sebastião Seabra, Sergio Morettini e Watson Portela

Veja agora a programação completa:
13h - Exibição de Sinfonia Amazônica (1953), o primeiro desenho animado nacional em longa-metragem
14h - Palestra Sinfonia Amazônica e Anélio Latini Filho com Álvaro de Moya
15h - Palestra 140 Anos da primeira publicação de As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de Uma Viagem à Corte de Angelo Agostini com o professor Antonio Luiz Cagnin
16h - Apresentação de lançamentos de revistas de autores nacionais
16h30 - Entrega dos prêmios

A festa do 25º Prêmio Ângelo Agostini será realizada pelo Senac São Paulo e Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) com o apoio do site Bigorna.net e da Inarco Internacional.

Salvo imprevistos, pretendo dar um pulo lá. Não só pela oportunidade de encontrar vários colegas, mas também para conhecer pessoalmente o Márcio Baraldi e prestigiar o Laudo, um dos meus parceiros no livro História do Brasil em Quadrinhos. Pena que o Emir Ribeiro já avisou que não vem...

Batman TDK volta aos cinemas brasileiros

Acho muito difícil, quase improvável, que algum leitor deste blog ainda não tenha assistido a uma das melhores – se não A melhor – adaptação cinematográfica dos quadrinhos.

Então, encare esta notícia como uma forma de rever em tela grande Batman – O Cavaleiro das Trevas, filme de Christopher Nolan que abocanhou quase US$ 1 bilhão de dólares em todo o mundo – quatro milhões de espectadores só no Brasil.

A Warner informa que o filme será relançado em mais de 70 salas de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraíba, Paraná, Amapá, Pernambuco e Bahia, em cópias legendadas e dubladas, a partir desta sexta-feira, 13.

Na sala IMAX do Shopping Bourbon Pompéia (21m x 14m), Batman – O Cavaleiro das Trevas começou a ser exibido na sexta-feira passada e, segundo o distribuidor, só no final de semana atraiu 1.800 pessoas.

Não é coincidência que o longa-metragem seja relançado às vésperas da cerimônia do Oscar (dia 22), já que concorre em oito categorias.

A mais badalada, claro, é de Ator Coadjuvante para Heath Ledger, que interpretou magistralmente o Coringa. As demais são todas técnicas: Direção de Arte, Fotografia, Edição, Mixagem de Som, Edição de Som, Efeitos Especiais e Maquiagem.

Podem dizer que é oportunismo da Warner (cá pra nós, se eu fosse o distribuidor faria a mesma coisa); prefiro pensar que é uma segunda chance para assistir a um grande filme.

Só para constar, o pôster que ilustra esta matéria foi criado pela Warner especialmente para o relançamento.

A Força volta às bancas

Por Társis Salvatore

A Editora On Line traz novamente ao Brasil uma revista de Star Wars em quadrinhos. Para quem não sabe, a franquia que revolucionou o modo de fazer - e ver - o cinema mundial teve uma significativa presença nos quadrinhos antes da estréia do filme nos cinemas, na década de 70, e marcou presença constante em todas as décadas seguintes, sendo diversas vezes publicada no Brasil.

O “universo expandido” fez muitos fãs dentro e fora da franquia.

De lá pra cá, diversas publicações surgiram contando o antes, o durante e o depois das aventuras de Luke Skywalker e Darth Vader.

Publicadas originalmente pela Dark Horse, as histórias do lançamento da On Line estão divididas em um mix com diferentes fases da cronologia Jedi.

Knights Of The Old Republic narra acontecimentos do passado da trilogia clássica; Dark Times mostra período imediatamente posterior ao final da nova trilogia, quando Anakin Skywalker se torna o maior vilão de todos os tempos, Darth Vader; Rebellion conta as aventuras da rebelião Galactica; e Legacy apresenta os bisnetos e tetranetos dos personagens clássicos em um futuro distante.

A revista começa com uma história de Dark Times e é a melhor série da revista. Traz Darth Vader logo após sua conversão ao lado sombrio contando como um Jedi que sobreviveu ao massacre da Ordem 66 luta pela vida ao mesmo tempo em que tenta ajudar seu amigo a encontrar a família vendida como escrava pelo Império.

Em Knights Of The Old Republic, o jovem padawan Zayne treinado na Academia Jedi de Taris muito tempo antes do Império destruir os Jedi. Apesar de seu jeitão desastrado, ele será o personagem chave em uma trama misteriosa envolvendo traição, morte e mistério.

Lembranças do passado atormentam o tenente Janek Sunber em Rebellion. Ele enfrenta a terrível situação de ter de destruir seu melhor amigo de infância em Tatooine, Luke Skywalker. Atormentado por seu passado, Sunber questiona suas atitudes no presente. Nessa luta interna entre qual caminho escolher, o tenente participa de uma das piores guerras do universo como tenente imperial.

Legacy é o futuro de Star Wars. Mas o que reserva os dias que virão? Alívio? Sombras? Os Jedis terão conseguido manter a ordem da galáxia ou o Império terá seu triunfo?

Para os fãs de quadrinhos e também da saga de George Lucas, é uma grande oportunidade de reencontrar grandes personagens novamente.

A edição em si tem pequenos problemas, como a falta de maiores esclarecimentos para os leitores leigos e de um capricho maior na edição. Mas cumpre seu papel e deve melhorar nos próximos números. A seleção de fases que compõe o mix é boa. Vamos torcer para cativar o público e ter uma vida longa.

Serviço:
Revista em Quadrinhos Star Wars - Edição 01
Preço: R$ 7,90 – colorida - 88 páginas
Distribuição nacional

Artigo: Será que quem gosta de Alan Múúúúú também gosta de heroizinho azul de pinto mole à mostra?

Por Marconi Lapada
(ilustração de Matozo Neto)

Nota do Editor: este artigo foi enviado ao Papo de Quadrinho como resposta à coluna DataTársis Informa publicada no dia 4 de fevereiro e não reflete necessariamente a opinião deste blog ou de seu editor.

A bilionária indústria de quadrinhos dos Estados Unidos se move à base de propaganda incessante e cooptação de bobos úteis a seus planos de dominação cultural. Aqui no Brasil, essa indústria encontrou um terreno adubado e fértil para engordar sua conta bancária. Ou seja, não faltam bobos alegres brasucas para servirem de moleques de recados aos cartolas das grandes editoras.

O mais hilariante é que essas figurinhas tragicômicas, apesar de estarem sendo usadas como massa de manobra para arrebanharem mais compradores para a superada HQ gringa, ainda se arrogam de saberem tudo sobre quadrinhos. Leia-se: o "tudo" que sabem lhes foi transmitido por revistas "chapa branca".

Convencionou-se chamar essa manada de bobos-alegres de "alopradinhos" ou, como alguns se auto-classificam, "nerds".

A nerdaiada, no momento, está em alvoroço em decorrência das propagandas repassadas por uma mídia que se vende fácil a quem pagar mais. Os bobões aloprados Marvel e DC estão em frenesi na espera de mais um filmezinho insosso de super-heróis, agora baseado (?!) no mirabolante resultado de uma diarréia mental expelida pela mente pervertida e nublada por drogas do alucinado Alan Moore. Estou falando daquela droga impressa chamada Washman ou Atchimem, ou coisa que o valha. Ou seja, apenas um X-Men semi-pornográfico com toques meio extravagantes. Quem tem bom senso, bom gosto, não é chegado a ficar de contemplação a pênis azul à mostra, não gosta de ver quadrinhos com comissários de polícia pelados, agora vai ter de passar mal com o alarido que os aloprados farão antes e depois das idéias desvairadas daquele piolhento inglês desfilarem pela telona dos cinemas.

A vantagem para mim e alguns amigos com pensamento livre e idéias próprias é a de não cairmos nessa armadilha mercadológica e não assistirmos ao mais novo caça-níqueis computadorizado. Isto é, não cairemos na tolice de dar nosso suado e mirrado dinheiro para ir a um cinema ver outro besteirol da indústria dos comics. E melhor ainda, não teremos o desagrado de ver o pinto azul do heroizinho do Alan Moore na forma humana e tridimensional, junto com mais um grupelho de bestalhões fantasiados.

Quem deverá sentir turgescência com essa palermice cinematográfica são os nerds aloprados, os mesmos bobões extasiados de mentes infanto-juvenis que hoje bajulam e adulam o barbudo inglês de aspecto sebáceo. Também deverão estar presentes e exultantes na sala de projeção alguns cabeleireiros, maquiadores, estilistas, e talvez também fãs da Xuxa. E, por inferência simples, aposto que a alguns dias do lançamento, acampará na porta do cinema um certo bobalhão "escritor" de determinado artigo ridículo e idiota, onde não apenas soltou a franga, mas o galinheiro inteiro de elogios delirantes e imorais ao Rasputin dos quadrinhos.

Acontece que, toda essa idolatria burra e depravada é injustificada. Os aloprados dão importância demais àquele espantalho de urubu. O que ele faz hoje, brasileiros já fizeram com décadas de antecedência. Quadrinho adulto no Brasil existe desde os tempos do império, de autoria de Ângelo Agostini, quando lançou a primeira heroína erótica do mundo, a Iniaia, mostrando-se sempre nua e provocando os homens. Personagem antigo, horripilante e adulto, o Garra Cinzenta é brasileiro, dos anos 30. A sacanagem já corria solta nos anos 50 e 60, com Carlos Zéfiro e seus catecismos. Nos anos 70, Emir Ribeiro afrontava a censura militar com sua sensual Velta, tendo como inimiga a traveca espacial Doroti, nas páginas de um jornal de colégio.

Mas o rebanho não sabe nada disso, ou finge não saber. Só tem olhos para Marvel e DC, ou para Alan Moore. Quando é o barbudo bretão que bota heróis pelados de pinto azul ou travestis se masturbando numa história em quadrinhos, é elogiado como supra-sumo da genialidade, da inovação, da ousadia, do tapa na cara do sistema certinho dos comics. A ignorância, o preconceito e o ódio que os aloprados sentem por seu próprio país os cega para o óbvio e para os fatos comprovados de que artistas brasileiros já ousavam há bem mais tempo que Alan Múúúúú. Mas, sendo do Brasil, essas primazias são esquecidas, ignoradas ou ridicularizadas. Isso porque brasileiro sempre se sentiu pequeno diante dos estrangeiros e nasceu com aquela doença provinciana e servil da vassalagem aguda. Ou como já disseram pela net: "brasileiro tem tendência a ser capacho de estrangeiro".

Basta a mídia colocar o barbudo sebento no pedestal e lá vai a nerdaiada se ajoelhar, rezar de mãos postas para o céu e, se brincar, ainda se flagelam no concreto em imolação ao deus piolhento estrangeiro. Por quê? Porque ele vem da metrópole, do primeiro mundo, da fonte de toda a mídia, e por isso tem privilégio e pode se dar o luxo de segregar sua diarréia mais liquefeita e pútrida, que a manada brasileira vai sempre dizer amém aos berros de "É o máximo!" ou "É linda, maravilhosa e genial!".

Alan Moore, então, não é mais que um sujeito excessivamente super-valorizado por uma cambada estúpida manipulada e sem vontade própria.

Os quadrinhos não perderam a inocência com esse cara suja da Inglaterra. O terror adulto brasileiro de Shimamoto, de R. F. Lucchetti, de Nico Rosso, de Mozart Couto, de Watson e tantos outros já faziam a cabeça das massas bem antes. Todavia, o produto da província sempre passou a quilômetros dos olhos com viseiras nas laterais dessa jumentada tiete descerebrada. Essa turba é igual àqueles outros asnos que ficam ao relento no meio da rua, embaixo das sacadas de hotéis, esperando ansiosamente que o astro estrangeiro bote por um microssegundo a cara na janela, para depois explodir em delírio, se descabelando, pulando num pé só e caindo de bruços no asfalto, em convulsões esmunhecadas e aos berros: - Meu ídolo olhou para mim. Ai, ai, ai, ui, ui, ui. Estou feliz...

Os deuses gringos podem praticar crimes, consumir drogas, dar péssimos exemplos, mas o alopradinhos sempre verão quaisquer ações destes como excentricidades, atitudes ousadas, lindas, admiráveis, e geniais. Ou seja, arranjaram outro nome para viciado e toxicômano.

Isso nos leva a uma inquietante conclusão: os alopradinhos não se importam com a obra, mas somente com a deificação e a adulação doentia e desmedida. Quem vive em eterno estado de servilismo é assim, está sempre de cabeça baixa, de mãos postas esperando o deus deles dar nem que seja uma olhadinha para seu lado. Mas, nos quadrinhos, os deuses desse gado burro nem precisam olhar, bastam existir... Fico imaginando o Alan Moore aqui, na frente dos aloprados. Iam dar uma cheirada bem fungada e aspirante nos sovacos dele. Isso sendo bem leve na previsão, porque acho que iam cheirar outras partes.

Mas, como diz a regra da bajulação, quem não fizer parte do gado aloprado, não embarcando nessa salivação de ovo sem propósito, é qualificado de "chato", "invejoso", "retrógrado", "xenófobo" e até "preconceituoso". Depois, o próximo passo é fazer igual à propaganda nazista: repetir tanto a mentira que está alojada em suas cabeças que esta passa a ser a verdade absoluta e inquestionável.

Asilo, hospício e clínicas de desintoxicação cerebral para esses aloprados.

Falei.

Marconi Lapada é fundador da CQB – Central de Quadrinhos Brasileiros

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

5 Perguntas para Rod Gonzalez

Militante do quadrinho nacional, fundador da CQB (Central de Quadrinhos Brasileiros) junto com Marconi Lapada e Emolina, e colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis, Rod Gonzalez acaba de publicar seu personagem Blenq pela editora Júpiter II.

Esta semana, Rod responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho:

1) A questão do meio-ambiente, apesar de estar em alta na mídia, não é comum nos quadrinhos. Por que você fez esta opção ao criar as histórias de Blenq e Luã?
Não foi planejado e sim natural, já que a dupla de super-heróis Blenq e Luã vivem na floresta Amazônica. Vi o trabalho da Verinha pela preservação do bicho-preguiça na televisão e achei que era muito bom. Quis ajudar de alguma forma e a HQ foi a maneira que encontrei. Inclusive a Verinha passa por muitas dificuldades na sua luta pra salvar o bicho-preguiça porque para conseguir fazer isso ela tem que lutar também pela preservação da Mata Atlântica (o habitat natural dos bichos-preguiça), o que esbarra nos interesses dos poderosos empresários que plantam eucaliptos e causa muita luta. Quem puder ajudar a Verinha entre em contato com ela; toda ajuda é bem-vinda: Verinha da Matinha (verinha@ceplac.gov.br).

2) Na sua opinião, quais são os maiores entraves para a consolidação do quadrinho brasileiro de super-heróis no mercado?
Acho que é o próprio autor de quadrinho brasileiro, que não se esforça muito. Geralmente os quadrinhos ficam em segundo plano devido às grandes dificuldades que existem para se ganhar dinheiro com isso (isso vale pra mim também). Existem outros fatores externos, mas eu acredito na capacidade do ser humano, então acho que todas as barreiras podem ser vencidas com estudo, persistência e ousadia.

3) Como a CQB atua na promoção da HQ Nacional?
A CQB divulga todos os quadrinhos que já foram produzidos no Brasil e seus autores para um grande público através da internet. Defendemos o quadrinho nacional de maneira ímpar, preenchendo uma lacuna que estava faltando. Sempre foi comum no meio de quadrinhos defensores desse ou daquele tipo de HQ ou ainda dessa ou daquela editora ou autor estrangeiros. Faltava quem defendesse da mesma maneira o quadrinho brasileiro e é esse o difícil papel exercido pela CQB. Mas acredito que mesmo entre os que não concordam com o teor das idéias apresentadas, nossa função foi exercida: estimulamos o debate e promovemos a valorização e o conhecimento da cultura de HQ nacional.

4) Nos últimos anos, surgiram várias adaptações de obras literárias ou temas históricos para os quadrinhos, feitas por brasileiros sob encomenda de grandes editoras (História do Brasil em Quadrinhos, Dom Quixote, O Alienista, Revolta de Canudos...). Você acredita que este seja um caminho para a profissionalização do quadrinho nacional?
Acho que sim, que é um nicho do mercado de quadrinhos e os autores de quadrinhos brasileiros tem que estar atuantes em todos os que existem. É claro que não é o único caminho, mas é um deles que, somado aos demais, tornará o mercado maior e com mais possibilidades.

5) Você vislumbra um cenário em que seja possível HQs estrangeiras e brasileiras conviverem lado a lado nas bancas de jornais e disputarem a atenção do leitor em pé de igualdade?
Eu sei que isso vai acontecer. Cedo ou tarde.

Quem quiser conhecer um pouco mais do trabalho do Rod e da CQB, é só clicar aqui.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Do Baú: Livros Ilustrados



Quando publiquei aqui no Papo de Quadrinho uma nota sobre os saudosos Heróis Ping-Pong, recebi um comentário (infelizmente Anônimo) que remetia a um link.

Ao abri-lo, uma grande e grata surpresa. Era uma página do blog Revolução dos Quadrinhos, do Christopher Andreas, com três livros ilustrados completos e digitalizados: Super-Heróis em Ação (1984), Heróis Marvel em Ação (1986, ambos da Ed. Abril) e Super Powers (Editora Cromy, 1988).

Entrei em contato com o Christopher e ele gentilmente autorizou a publicação do link aqui no Papo de Quadrinho para quem quiser baixar, relembrar e guardar estas relíquias, ainda que em formato digital.

Visite o blog Revolução dos Quadrinhos e divirta-se!

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

New York Comic Con vai até domingo


Segunda mais famosa convenção de quadrinhos e cultura pop do mundo (só perde para seu equivalente em San Diego), a NY Comic Con abriu nesta sexta-feira (6) e prevê receber 67 mil visitantes nerds.

Como todo evento do gênero, não vão faltar painéis de discussão, sessões de autógrafos e as disputadas salas de exibição onde cenas inéditas de filmes e programas de TV são apresentadas.

Claro que há espaço para a realização de negócios, principalmente licenciamentos e distribuição. É também uma ótima oportunidade para aspirantes a quadrinhistas apresentarem seus portfolios aos executivos das editoras.

A tietagem rola solta graças à presença de quadrinhistas famosos. Já passaram pela Comic Con nomes como Neil Gaiman, Stan Lee, Mike Mignola, Frank Miller, Grant Morrison...

Este ano, entre muitos convidados, estão Michael Bendis, Andy Kubert, Bruce Timm, David Finch, Geoff Johns, George Pérez, Jim Lee, Mike Deodato e Neal Adams. Ainda há um grupo de convidados que os organizadores chamam de “Lendas Vivas”: Al Plastino, Gene Colan, Jerry Robinson, Joe Simon, Jim Steranko, Joe Kubert e outros (veja a relação completa aqui).

Watchmen: Confirmada animação de Contos do Cargueiro Negro

Quem acompanha este blog já leu a respeito de vários produtos relacionados a Watchmen (livros, trilha sonora) que estão sendo lançados na esteira do filme, confirmada para 6 de março.

Para alegria dos fãs da obra de Alan Moore e Dave Gibbons, foram anunciadas mais duas novidades.

A primeira, e talvez mais importante, é a animação de Contos do Cargueiro Negro, história em quadrinhos fictícia narrada paralelamente aos eventos de Watchmen que conta a tentativa desesperada de um náufrago para salvar a cidade de Davidstown depois que teve seu navio atacado pelos sanguinários piratas do Cargueiro Negro.

O marinheiro chega a construir uma balsa com os cadáveres semi-decompostos de seus companheiros para deixar a ilha em que se encontrava. No caminho, enfrenta tubarões, a fome e a solidão e a loucura.

Contos do Cargueiro Negro será lançado em DVD e Blu-Ray dia 24 de março e trará, ainda, o mini-documentário Sob a Máscara, outra obra fictícia paralela à HQ de Watchmen. Sob a Máscara é a autobiografia de Holis Mason, o primeiro Nite Owl, e relata como ele se tornou o herói e a formação e os primeiros anos do grupo Minutemen.

No DVD, este mini-documentário será estrelado pelos mesmos atores que vivem, no cinema, os personagens citados: Carla Gugino (Sally Júpiter), Matt Frewer (Moloch), Stephen McHattie (Hollis Mason) e Jeffrey Dean Morgan (Comediante).

Quadrinhos animados
Dia 3 de março, a Warner lança Watchmen: The Complete Motion Comics, também em DVD e Blu-Ray.

Trata-se de uma “animação” dos 12 capítulos da HQ, com cerca de 30 minutos cada, mantendo a arte original de Dave Gibbons. Esta técnica – motion comics – adiciona movimentos, narração e vozes a painéis da HQ e, curiosamente, mantém os balões de fala.

Dito deste jeito, fica difícil entender. Então, assista a um trecho:



A adaptação foi supervisionada por Gibbons e produzida por Zack Snyder, diretor do longa-metragem Watchmen.

Tanto a versão em DVD quanto o Blu-Ray trarão uma entrada de cinema para o filme e cenas exclusivas.
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