quinta-feira, 30 de abril de 2009

X-Men Origins Wolverine estreia hoje

O longa-metragem dirigido por Gavin Hood e estrelado por Hugh Jackman é a quarta parte da franquia X-Men lançada em 2000.

Como o próprio nome diz, o filme conta a origem do super-herói Wolverine e os fatos anteriores à sua entrada na equipe de mutantes do Professor Xavier. A maior parte da história é ambientada nos anos 70, forrada de flashbacks que abrangem mais de 150 anos, desde a infância do personagem até sua participação no Projeto Arma X – que cobriu seu esqueleto com o indestrutível adamantium.

Neste intervalo, são apresentados o encontro de Wolverine (então apenas Logan ou James Howlett) com seu irmão Victor Creed (Dentes-de-Sabre) e a participação dos dois na Guerra Civil Americana e nas duas Guerras Mundiais, a criação da Equipe X por William Strycker e o relacionamento amoroso com Kayla Silverfox (Raposa Prateada), entre outros acontecimentos.

X-Men Origins: Wolverine resgata alguns personagens conhecidos dos leitores de quadrinhos – além dos já citados, há os jovens Ciclope e Emma Frost, Blob, Deadpool e Gambit – e outros não tão conhecidos: Bolt (Chris Bradley), John Wraith e Agente Zero.

Curiosamente, os famosos poderes do mutante canadense vêm sendo colocados à prova no mundo real. Primeiro, foi uma cópia não finalizada do filme que vazou na Internet; mais recentemente, o cancelamento da estreia no México em virtude da pandemia de febre suína.

Apesar da grande expectativa que envolve esta produção e da popularidade do personagem, estes dois fatores podem representar um duro golpe nas bilheterias.

No Brasil, X-Men Origins: Wolverine estreia em 626 salas e vai contar com 234 cópias dubladas e 338 legendadas.

História do Brasil em Quadrinhos no JB

Nesta quinta-feira (29), o blog de quadrinhos do Jornal do Brasil publicou matéria sobre o livro História do Brasil em Quadrinhos, lançado pela Editora Europa no final do ano passado.

O jornalista Pedro de Luna seguiu um caminho interessante: avaliar a obra – e os quadrinhos em geral – como ferramenta de educação. Neste sentido, ouviu os dois roteiristas – Edson Rossatto e eu – e o artista Laudo Ferreira Jr.

“Acredito, sim, que esse tipo de publicação motive a rapaziada a se interessar pelo assunto e procurar saber mais. O mesmo se aplica às adaptações literárias", declarou Laudo.

Também fomos perguntados sobre a “melhor e a pior parte” de produzir esta HQ. Para Edson, não a pior, mas a mais trabalhosa “foi ler diversos livros e tirar deles o essencial para se escrever a trama com fidelidade histórica”.

E foi mesmo. Acompanhei de perto o detalhado trabalho de pesquisa do Edson e posso dizer que ele fez um trabalho de primeira.

Para ler a matéria na íntegra, visite o blog do Pedro de Luna aqui.

Panini lança Matrix em quadrinhos

Quem assistiu à primeira parte da trilogia dos irmãos Wachowski, lançada em 1999, sabe que o filme é cheio de referências à cultura pop, inclusive aos quadrinhos.

Tudo bem que os criadores perderam a mão nas duas sequências, mas não se pode negar que a história original tem uma premissa bem interessante: num futuro não muito distante, o mundo é dominado pelas máquinas; os humanos são seu alimento e, por isso, mantidos desde o nascimento em uma encubadora enquanto suas mentes vivem num mundo virtual disfarçado de realidade. Um grupo de rebeldes busca pelo salvador que, antes de vencer as máquinas, deve superar suas próprias dúvidas.

Matrix deu origem a um ótimo DVD, Animatrix, que mistura várias técnicas de animação em histórias inspiradas na mitologia do filme. Em 2003, a editora americana Burlyman Entertainment lançou o primeiro volume de uma coletânea com 12 histórias em quadrinhos com o mesmo enfoque.

Agora, esta obra chega ao Brasil pela Panini. Entre os autores, estão Neil Gaiman (Sandman), Bill Sienkiewicz (Elektra Assassina), Ted McKeever (Hellraiser), Dave Gibbons (Watchmen), Paul Chadwick (Concreto), David Lapham (Balas Perdidas) e até os irmãos Wachovski.

Matrix Volume 1 é uma edição especial em formato 17 x 26 cm, com 164 páginas, papel couché e capa dura. Deve chegar nas livrarias a R$ 42,00.

Nos Estados Unidos, o segundo volume foi lançado em 2004. Vamos ver se a Panini se encoraja a lançá-lo por aqui também.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Super-heróis: Eles existem!

Shadow Hare, Mr. Extreme, Aclyptico, Wall Creeper e Master Legend.

Mesmo atuando em diferentes estados norte-americanos, juntos eles formam a Allegiance of Heroes, um grupo de pessoas comuns (?) que vestem uma fantasia tosca saem às ruas para combater o mal e a injustiça.

Atualmente, o grupo vem atuando na cidade de Cincinnati, Ohio, e foi tema esta semana de uma reportagem do canal CNN. Suas armas são algemas, spray de pimenta e armas de choque. Eles dedicam parte do seu tempo a distribuir comida para os desabrigados e ajudar as pessoas.

É comum, também, alguns deles participarem de atuações conjuntas em outros estados. Shadow Hare, o garoto de 21 anos e líder dos Allegiance of Heroes, juntou-se a Mr. Extreme na Califórnia para seguir a pista de um sequestrador.

Se quiser conhecer outros destes heróis do mundo real, visite o website da rede mundial que todos eles integram, a World Superhero Registry (sim, eles são registrados!).

O que dizer? É meio bizarro, eu sei. E ridículo. Mas me parece que, para além de simplesmente chamar a atenção, são pessoas de bem tentando fazer a coisa certa.

Assista à reportagem da CNN (em inglês):

Superalmanaque do Senninha nas bancas

Em comemoração aos 15 anos de criação do personagem inspirado no tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, a HQM editora acaba de reunir numa única edição as cinco primeiras revistas da série Senninha e sua Turma.

A revista, com 160 páginas, traz também brincadeiras, passatempos e um pôster do personagem, além de sobrecapa criada especialmente para a ocasião.

O Superalmanaque Senninha e sua Turma já pode ser encontrado nas bancas e custa R$ 9,90.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Dois lançamentos de Tempestade Cerebral #5

A revista do editor Alex Mir chega à quinta edição com duas estréias: uma história fechada de Lorde Kramus (Gil Mendes e Jader Corrêa) e outra de Sedna, A Pirata, escrita por Dark Marcos com desenhos de Laudo Ferreira Jr. e cores de Omar Viñole (artistas do livro História do Brasil em Quadrinhos).

Tempestade Cerebral #5 traz ainda a conclusão da saga da guerreira Valkíria (Alex Mir e Alex Genaro), Max Power (Marcos Franco, Luke Oliver e Simião) e a continuação do arco “Corre, Escorpião, corre!”, em que o personagem de Eloyr Pacheco, Escorpião de Prata, enfrenta o Enfaixado, criação do quadrinhista Will. O roteiro é de Eloyr com arte de Marcelo Salaza, Márcia Casaqueviti e Kal J. Moon.

Como vem acontecendo nos últimos números, este também apresenta duas capas - Escorpião de Prata e Lorde Kramus – e presenteia os leitores com um mini-pôster.

O logo também foi alterado: "Há muito tempo eu queria mudar, mas não tinha nenhum que me agradasse. O Lorde Lobo se ofereceu para criar um e fez um belo trabalho, tanto que não hesitei em usá-lo", conta Alex Mir.

Já há dois lançamentos marcados para esta edição, ambos no sábado, dia 2 de maio. Um será em São Paulo, na livraria HQMix (Praça Roosevelt, 142 – Centro), às 21h30, e outro em Londrina, na Revistaria Odisséia (Rua Senador Souza Naves, 307), a partir das 14h. Neste último, ainda acontece o lançamento de Subterrâneo Coletânea – Roteiristas, com histórias de Eloyr Pacheco, Daniel Esteves, Leonardo Santana, Harriot Junior, Leonardo Melo e do time de quadrinhistas do coletivo paulistano Subterrâneo.

Tempestade Cerebral #5 tem 48 páginas, formato americano, capa colorida e miolo p&b. O custo é de R$ 4,00 e os pedidos podem ser feitos pelo e-mail alexandre1736@terra.com.br.

Wolverine contra a febre suína

Ele já derrotou alguns dos mais perigosos vilões do Universo Marvel e encarou até o Hulk. Mas nem o famoso poder de cura do mutante Wolverine parece ser páreo para uma ameaça do mundo real.

A Fox decidiu adiar a pré-estréia de X-Men Origins: Wolverine na Cidade do México, marcada para esta quarta-feira (29) em virtude do surto de febre suína que já matou 150 pessoas. O maior cinema da cidade também anunciou que permanecerá fechado por tempo indeterminado.

“Nós nunca colocaríamos alguém em risco e temos um enorme número de pessoas do estúdio que precisamos cuidar”, disse um representante da Fox para a revista People.

O prejuízo pode ser grande. O mercado mexicano representa por volta de 13% da bilheteria americana e o eventual cancelamento do filme naquele país vai acabar influenciando a arrecadação mundial. E não é só isso: há casos registrados de febre suína até em Nova York, um mercado ainda maior.

Em situações de pandemia como esta que se apresenta, as autoridades pedem que as pessoas evitem as multidões como as sessões de cinema.

O filme estrelado por Hugh Jackman tem estréia mundial marcada para 1º de maio.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Prismarte chega à 50a. edição

A revista é publicada há cinco anos pela PADA - Produtora Artística de Desenhistas Associados, de Pernambuco.

Esta edição especial traz duas histórias. A primeira é “Além das Palavras”, estrelada por Crânio, personagem de Francinildo Sena, e escrita por Leonardo Santana (Bodega dos Quadrinhos) com desenho de Luciano Félix e cores de Téo Pinheiro.

A segunda, marca a estréia de Carlos Henry (Lobo Guará) na revista, com “Ninho de Cobras”, em que o inimigo é a corrupção.

Prismarte #50 publica ainda um artigo sobre a sexta edição do prêmio Melhores da Prismarte, realizada em setembro do ano passado.

Para driblar a crise financeira, o pessoal da PADA promoveu algumas mudanças na publicação, que passa a ter 32 páginas. A boa notícia é que o preço também caiu para R$ 3,00 (R$ 4,50 com despesa postal) e que a periodicidade volta a ser mensal.

Prismarte #50 tem capa colorida e miolo P&B. Pedidos podem ser feitos pelo e-mail josevalcir@yahoo.com.br.

5 Perguntas para José Salles

Historiador por formação e fanzineiro por vocação, José Salles é editor da Júpiter II (antiga SM), editora independente orientada 100% para a produção nacional de quadrinhos e que acaba de atingir a marca de 50 títulos publicados.

Profundo conhecedor de HQs – notadamente dos clássicos - e colecionador de verdadeiras raridades, Salles responde esta semana as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho:

1) Quais são as maiores dificuldades em se manter uma editora independente e que publica exclusivamente autores nacionais?
Se comparado a outras atividades profissionais, como pedreiros, motoristas de caminhão, taxistas em grandes cidades, coletores de lixo, limpadores de janelas em edifícios e empregadas domésticas, diante disso o serviço de editor é moleza. Mas claro que desenhar as HQs é muito mais difícil.

2) Nesse tempo de existência, cite algumas revistas que se destacaram por sua importância para a produção nacional ou pelo sucesso de vendas?
Sucesso de vendas, nenhuma. Quem pensa que estou ganhando "um dinheirão" publicando gibis, se engana, pois só venho gastando. E quem me procura pensando em salário, também vai se decepcionar. Vocês têm que entender que o selo Júpiter II nada mais é do que uma ação entre amigos apaixonados por HQs, e quase todos esses amigos vindos dos tempos de fanzine (a propósito, eu ainda edito o fanzine Personagens dos Gibis). A diferença é que agora damos um acabamento gráfico mais bonitinho e, com o aumento da tiragem, extrapolamos o público fanzineiro. Quanto à importância, sem dúvida dois os mais relevantes títulos do selo são o do Raio Negro (Gedeone Malagola) e O Gáucho (Julio Shimamoto) - ambos os autores que também conheci por meio dos fanzines.

3) Qual seu autor ou artista americano preferido?
Puxa, difícil escolher um só. Como sou apaixonado pela Golden Age dos Quadrinhos Americanos, quais sejam, aqueles produzidos para tiras de jornal entre os anos 30 e 40, vou escolher aquele que melhor representa aquela magnífica geração: Alex Raymond.

4) Você é também um grande colecionador de quadrinhos. Qual o tamanho do seu acervo, o tipo predominante e as raridades?
De fato, coleciono gibis há anos e graças às buscas em sebos e intercâmbio com outros colecionadores, possuo bom acervo cheio de raridades. Majoritariamente em minha coleção, gibis com personagens americanos e brasileiros dos anos 50 a 70 de vários estilos (muitos desses gibis publicando personagens criados antes deste período). Por um tempo colecionei também muito do underground comics, mas hoje me desinteressei totalmente por esse estilo. E, como precisava de espaço nas estantes, estes foram os primeiros a ser doados para uma gibiteca. Dos anos 80 pra cá, acompanho os personagens brasileiros dos quadrinhos e também os títulos lançados pela Bonelli Editore.

5) Quais os lançamentos da Júpiter II para 2009 que você pode adiantar para os leitores do Papo de Quadrinho?
De novidade, no gibi do Raio Negro, roteiros inéditos escritos pelo próprio Gedeone Malagola, poucos meses antes de partir para a Pátria Espiritual, ilustrados por novos talentos da HQ brasileira. De resto, continuaremos com os títulos que temos publicado: Tormenta, Corcel Negro, O Bom & Velho Faroeste, Boca do Inferno.com, Vulto, entre outros.

domingo, 26 de abril de 2009

Desafio Cultural: Resultado Final

À 00h de hoje foi encerrada a Enquete que classificou os três microcontos com temática heróica selecionados para a fase final do primeiro Desafio Cultural Papo de Quadrinho e Andross Editora.

Ao todo, a Enquete recebeu 159 votos desde que entrou no ar, dia 12 de abril.

Conheçam agora o resultado.

1º lugar
Superpoder, de Chico Pascoal (São Paulo/SP) = 43% dos votos
"O menininho rezava toda as noites pedindo que lhe fosse concedido pelo menos um dos poderes do Super-Homem. Cresceu, desiludiu-se - virou prático de raio-x em um hospital da rede pública".
Prêmio: Livros Curta-Metragem (microcontos), Entrelinhas (Contos e microcontos) e Retratos Urbanos (Crônicas)

2º lugar
Saldo, de Álvaro Moreira de Carvalho (Machado/MG) = 30% dos votos
"Cara! Acabo de assistir uma batalha épica: Malévo, o Vil, apareceu lá no centro e estava prestes a esganar um gatinho quando foi detido por Valiant, o Valoroso, que com um golpe o fez se arrastar pela rua e esborrachar num prédio. Malévo reagiu com uma rajada de plasma que lançou o Valoroso no edifício central. Em resposta Valiant inflamou e torrou a pele do Vil, depois desferiu um supersoco que o fez voar ao espaço e foi no seu encalço. Foi Bárbaro! Saldo: Ruas e carros arrasados, prédios desmoronados, dezenas de mortos e centenas de feridos. Mas, pelo menos, o gatinho foi salvo!"
Prêmio: Livros Curta-Metragem (microcontos) e Entrelinhas (Contos e microcontos)

3º lugar
Questão de Proporção, de GioGio (Guaíra/SP) = 26% dos votos
"- Sou uma super-heroína! Tenho poderes incríveis: Sou capaz de secretar rajadas de toxinas; graças ao meu exoesqueleto posso cair de qualquer altura sem me ferir; possuo antenas supersensíveis capazes de captar os mais leves sinais; enxergo através de múltiplos olhos; disponho de maxilares que podem cortar ao meio meu inimigo; sou muito forte, consigo erguer pesos dezenas de vezes maiores que o meu...A pequena formiguinha se gabava para um rebanho de pulgões quando foi esmagada pelo pé de um garotinho que passeava pelo campo".
Prêmio: Livro Curta-Metragem (microcontos)

Todos estes livros foram publicados pela Andross Editora, do amigo Edson Rossatto, e cedidos gentilmente por ele para que este concurso fosse possível.

Os ganhadores receberão seus prêmios em casa, sem qualquer despesa, na primeira quinzena de maio.

O Papo de Quadrinho e a Andross Editora agradecem a todos aqueles que, direta ou indiretamente, participaram do Desafio Cultural. Nas próximas semanas, estaremos divulgando um novo concurso. Aguardem!

Novas figuras de ação da DC

Pouco depois de Crise nas Infinitas Terras, Marv Wolfman e George Pérez – os autores da saga – produziram uma espécie de “bíblia” para explicar a origem e o futuro do Universo DC remodelado.

History of the DC Universe foi publicada originalmente em 1986 em duas partes. A revista inspirou três séries de bonecos pela DC Direct prometidas para este ano. As duas primeiras, já anunciadas, apresentam Batman, Demônio Azul, Arqueiro Verde e Caçador de Marte (disponíveis em junho) e Flash, Aquaman, Raio Negro e Rastejante (a partir de julho).

Agora, a divisão de bonecos da DC acaba de anunciar a terceira série de History of the DC Universe com as figuras de Superman, Homem-Borracha, Mestre dos Oceanos e Brainiac, à venda a partir de dezembro deste ano.

Todos os bonecos têm 16 cm de altura, múltiplos pontos de articulação e vêm acompanhados de cards. O mais bacana desta série é que as figuras são baseadas na arte de George Pérez.

sábado, 25 de abril de 2009

Sherlock Holmes em quadrinhos

Chega na próxima semana às bancas americanas a primeira edição da revista do maior detetive de todos os tempos, publicada pela Dynamite.

Sherlock Holmes #1 tem roteiro da dupla Leah Moore e John Reppion (Doctor Who, Witchblade) e arte de Aarom Campbell, e dá início ao arco Trial of Sherlock Holmes, que pretende explorar sua natureza humana, o mito em que se tornou e o fazer enfrentar um dilema pessoal, tudo naquele clima da Era Vitoriana.

O personagem da literatura criado por Sir Arthur Conan Doyle é figura recorrente nos quadrinhos, seja em aparições especiais em revistas de outros personagens seja em títulos próprios lançados por editoras grandes ou, principalmente, as independentes (Renegade, Tundra. Innovation, Avalon entre elas).

Muitas destas HQs nunca chegaram ao Brasil. Para variar, esta também não deve aportar aqui tão cedo.

VAL #3: Humor inteligente

Há uns dois meses, fui apresentado a Val, o personagem criado por Vagner Francisco em 2001 e que depois de passar por alguns fanzines já está na terceira edição de sua própria revista. O autor fez a gentileza de me enviar um exemplar, o que só confirmou minha primeira impressão.

A HQ traz cinco histórias, todas escritas por Vagner e desenhadas por diferentes artistas: Denis Pacher (Vertigo), Greifo (Confissões, Expectativas e Coisas do Gênero), Eliel D’Oliveira (Val versus Jogo Sujo), Vini Visentini (Encontro com Vantagem Unilateral) e Orlando Maro (Em Sua Honra).

Os roteiros de Vagner mantêm a mesma qualidade em todas elas. Val é “o cara”, um fanático por quadrinhos, cínico e de humor ácido. Com seu visual de Hugh Jackman, consegue rir igualmente de si mesmo e dos outros.

A fórmula funciona bem nas histórias curtas, mas o autor já me disse que tem planos para explorar um pouco mais o personagem, “dar-lhe mais vida, universo, história”. Pelo que Vagner mostrou até agora, tem total condição de fazer isto sem deixar de lado os principais atributos de Val. Vamos esperar para ver.

Como acontece nesse tipo de “coletânea”, o resultado fica desigual em termos de arte. Denis Pacher e Vini Visentini merecem destaque. Além da técnica mais desenvolvida, o traço dos dois, embora diferentes entre si, são os que melhor expressam a essência do personagem.

A edição 4 está prevista para maio. Vagner antecipou ao Papo de Quadrinho que virá com capa e uma história ilustrada por Laudo Ferreira Jr. (História do Brasil em Quadrinhos, Tianinha) e outra por Vini Visentini.

Val #3 tem capa colorida, miolo P&B, 36 páginas e custa R$ 4,00. Os pedidos podem ser feitos pelo e-mail vagnerfranc@gmail.com.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Senarte lança Velta #2

A editora virtual de Francinildo Sena acaba de disponibilizar para download a segunda edição da revista estrelada pela personagem criada pelo paraibano Emir Ribeiro.

Velta #2 pode ser baixada aqui, tem 26 páginas e reproduz uma história publicada originalmente em 25 Anos de Velta, de 1998.

Esta aventura marca a primeira aparição de Doroti, a alienígena tarada e transexual que os críticos amam odiar. É uma das histórias mais polêmicas criadas por Emir e até hoje rende debates calorosos.

A Senarte Quadrinhos também está lançando as continuações de Cara de Gato e Cachorro de Rua, a edição especial Crânio: Espetáculo da Vida Real (Francinildo Sena), a primeira edição de Viral (Toni Nery) e uma coletânea do Lagarto Negro (Gabriel Rocha), que está completando 10 anos de publicação.

Para baixar todas estas HQs, visite http://www.francinildosena.blogspot.com/

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Curso de quadrinhos na Unicid

A Universidade Cidade de São Paulo está com inscrições abertas para o curso de extensão de História em Quadrinhos, com carga horária de 156 horas/aula e início marcado para dia 9 de maio.

Para além das técnicas de roteiro, desenho, criação e desenvolvimento de personagens, a proposta da Unicid parece inovar ao fornecer aos alunos uma visão de mercado, proporcionando que muita gente talentosa consiga emplacar suas criações de maneira profissional e sustentável.

As matrículas vão até o dia 6 e podem ser feitas aqui. O período é de quase um ano de estudos, de 9 de maio de 2009 a 11 de abril de 2010, sempre aos sábados, das 8h às 12h20. O investimento (salgado) é de R$ 2.145,00, que pode ser dividido em 11 parcelas de R$ 195,00.

O curso será ministrado pelo premiado roteirista Daniel Esteves, do coletivo Quarto Mundo; Allan Albuquerque, publicitário e produtor cultural; e Wanderson de Souza, professor de história em quadrinho da HQ em Foco. A coordenação é de Juarez Tadeu de Paula Xavier, mestre e doutor em Comunicação e Cultura pela USP e diretor dos cursos de Comunicação Social da Unicid.

Serviço:
Curso de extensão de História em Quadrinhos
Universidade Cidade de São Paulo – Unicid
Local:
Rua Cesário Galeno, 448/475 - Tatuapé - São Paulo - SP
Carga horária: 156 horas
Período de realização: de 09 de maio de 2009 a 11 de abril de 2010, aos sábados, das 8h às 12h20.
Matrículas: até 06/05/2009.
Investimento: R$2.145,00 ou 11 parcelas de R$195,00.

Livro reúne o melhor de Joe Simon e Jack Kirby

The Best of Simon and Kirby (Titan Books) chega às livrarias americanas dia 12 de maio. São 240 páginas, capa dura e preço de US$ 39,95.

A produção do livro foi supervisionada pelo próprio Joe Simon e reúne uma seleção de histórias em quadrinhos criadas pela dupla ao longo de quase duas décadas, entre 1940 e 1960. Reúne material como o personagem de ficção científica Blue Bolt, a primeira aparição do Caveira Vermelha, a primeira história de Thor desenhada por Kirby, os Boy Comandos, Young Romance e muito mais.

O material foi restaurado por Harry Mendryk com todo o cuidado para não alterar as características originais. Mark Evanier escreveu a introdução de cada uma das seções do livro.

Simon e Kirby conheceram-se na Fox Comics - onde o primeiro já era editor e o segundo, um jovem artista iniciante – e começaram a trabalhar juntos na série Blue Bolt. Quando Simon mudou-se para a Timely (mais tarde Marvel), levou Kirby consigo e pouco tempo depois criaram seu primeiro personagem de sucesso, o Capitão América. Nas duas décadas seguintes, trabalharam em histórias memoráveis para as maiores editoras americanas de quadrinhos: DC, Harvey, Prize, Headline, Archie e Charlton entre elas.

Aos 95 anos, Simon tem planos para lançar pelo menos mais sete livros reunindo sua parceria com Kirby, além de uma autobiografia.

Agora, só nos resta torcer para que esta maravilha chegue por aqui algum dia.

DataTársis Informa: Para gostar de Quadrinhos

Conversando informalmente com minha amiga Silvana, bibliotecária e expert em leitura para crianças e jovens, ela demonstrou toda sua inquietação diante do fato de não conhecer praticamente nada sobre gibis. Essa conversa me motivou a escrever uma singela lista indicando alguns títulos em quadrinhos fundamentais para gostar ou pelo menos conhecer um pouco do que as HQs podem oferecer. E, principalmente, desfazer essa idéia secular de que gibi é coisa de criança.

Verdade que os meios acadêmicos perderam um pouco do ranço preconceituoso e, agora, muita gente se deu conta do poder dos quadrinhos, sobretudo no âmbito educacional. Resta escolher seu favorito, indicar, ler e se divertir!

Embora os leitores habituais desse espaço já saibam disso, vale dizer que este texto é didático e para leigos. Daí esta pequena introdução.

Revistas em Quadrinhos ou Gibis: é uma forma de arte ilustrada que mistura texto e imagem com o objetivo de narrar histórias dos mais variados gêneros e estilos. Além disso, os quadrinhos movimentam uma indústria poderosa que influencia outras artes - sobretudo o cinema - e movimenta milhões de dólares em subprodutos licenciados, fazendo a cabeça de gerações de fãs em todo o mundo.

Os gêneros
Os mais conhecidos da mídia são os quadrinhos de super-heróis, que basicamente se desenvolveram nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de gibis deste e de outros gêneros.

No Japão, há os mangás, lidos de trás para frente e com temas variados. O Japão é o segundo maior produtor e consumidor mundial de quadrinhos.

Existem outros gêneros de gibis, como os underground (designação para quadrinhos com temáticas adultas e subversivas), muito forte nos Estados Unidos, mas que existem em outros países incluindo o Brasil.

Há os quadrinhos franco-belgas, que não tratam necessariamente de super-heróis, assim conhecidos por terem nascido e se desenvolvido na França. Há os fumetti, quadrinhos italianos, que tratam de heróis que não têm necessariamente superpoderes.

As editoras
Existem muitas editoras tradicionais de quadrinhos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, duas grandes editoras dominam o mercado:

DC Comics, criadora do Batman, Superman, Mulher-Maravilha, Liga da Justiça etc; e Marvel Comics, criadora do Homem-Aranha, Homem de Ferro, Quarteto Fantástico, Thor, Hulk, Vingadores etc.

Curiosidade: cada editora trabalha com seus personagens e os encontros entre eles aconteceram poucas vezes; logo não é comum ver o Homem-Aranha junto com o Superman simplesmente porque eles existem em universos diferentes!

No Brasil temos diversas editoras que publicam quadrinhos, seja em formato convencional ou em edições especiais. Conrad, Panini e Devir são algumas das principais.

Dicas, truques e leituras.
Não se trata de um grande guia e sim apenas uma (curta) lista de leitura agradável e recomendada para um público não tão afeito ao gibi. Quem quiser contribuir com suas próprias dicas, fique à vontade.

1. Batman, A Piada Mortal
Super-heróis sempre sofreram um preconceito histórico por parte dos meios acadêmicos. Ao longo dos anos a temática heróica foi se transformando, até que grandes roteiristas utilizaram ícones heróicos para produzir histórias inquietantes e com temática adulta. Como Batman e Coringa são conhecidos do grande público, A Piada Mortal é uma leitura obrigatória: narra a suposta origem do Palhaço do Crime recriada pelo grande escritor dos quadrinhos, o renomado Alan Moore. Sua narrativa é complexa e exige uma análise profunda dos personagens e seu simbolismo, além das tramas contadas paralelamente. É uma história pesada e violenta, na qual o Coringa expõe o auge de sua insanidade. Se você considera super-heróis uma besteira, esteja preparado para o choque.

2. Um Contrato com Deus
Graphic Novel é um termo usado para designar um quadrinho especial, uma obra completa de quadrinhos com teor literário, temas adultos e muitas vezes em formato encadernado. O mestre Will Eisner, criador do termo, não é reverenciado à toa. Eisner, falecido em 2005, participou de toda a história da industria americana de quadrinhos. Criou o personagem The Spirit, ensinou Técnicas de Quadrinhos na Escola de Artes Visuais de Nova York e escreveu obras fundamentais sobre o tema: Os Quadrinhos e a Arte Sequencial (Comics and Sequential Art) e A Narrativa Gráfica (Graphic Storytelling).

Um Contrato com Deus & Outras Histórias de Cortiço é um marco dos quadrinhos. Foi lançada originalmente em 1978 e mostra quatro histórias de pessoas comuns, que vivem no pobre bairro do Bronx nos anos 30. Leia esse belíssimo gibi e se emocione. Dica: procure a bibliografia de Eisner para conhecer outras obras espetaculares deste mestre dos quadrinhos.

3. Sandman, o mestre dos sonhos
Escrita pelo renomado Neil Gaiman, autor de numerosos sucessos de crítica e público, a série Sandman foi relançada no Brasil em 2005 e mistura terror, sonho e fantasia, em um mergulho ao mundo da mitologia, da magia e do universo fantástico. O Mestre dos Sonhos, Sandman, é aprisionado por um grupo de ocultistas e após se libertar começa sua busca para reaver as ferramentas de poder roubadas e, claro, vingança!

A série que recebeu diversos prêmios nacionais e estrangeiros e rendeu uma belíssima edição encadernada da editora Conrad, com direito a prefácio especial do próprio Neil Gaiman aos fãs brasileiros. Dica: São muitos encadernados, comece a história pela ordem correta. Os adolescentes adoram as histórias do Sandman, especialmente as meninas.

4. Asterix
Asterix é um baixinho gaulês criado na França por Albert Uderzo e René Goscinny em 1959. Suas histórias foram traduzidas para mais de 100 idiomas, sendo lançados 33 álbuns, 11 adaptações para o cinema (8 animações e 3 com atores), jogos, brinquedos e um parque temático. É um verdadeiro ícone dos quadrinhos franco-belgas, um tipo de quadrinho não baseado em super-heróis de extrema qualidade. Procure algum desses álbuns lançados no Brasil e divirta-se! Dica: As histórias são ótimas, os personagens divertidos e a leitura é indicada para todas as idades.

5. Príncipe Valente
Harold Foster, um dos mestres criadores dos primórdios dos quadrinhos, publicou a primeira tira do Príncipe Valente em 1937. O personagem é contemporâneo do mítico Rei Arthur, vive histórias primorosas ambientadas numa arte paisagística e foi elaborado com rigor acadêmico em contrates de preto e branco, Foster soube dar beleza e profundidade humana aos personagens, sem perder a magia de suas aventuras e batalhas. Considerado um clássico dos quadrinhos, é leitura imperdível. Dica: Editado em volumes no Brasil, alguns esgotados, o segredo é garimpar em sebos especializados ou livrarias.

6. Watchmen
HQ criada por Alan Moore e David Gibbons no sanos 80. No contexto dos quadrinhos daquela época, Watchmem é uma das obras responsáveis por despertar o interesse do público adulto para um formato até então considerado infanto-juvenil. A premissa básica é: como seria o mundo real se existissem heróis mascarados? Apresentando uma trama complexa e personagens ambíguos, Watchmen é um clássico contemporâneo, cuja história acabou de receber uma ótima versão cinematográfica. Dica: A trama envolve questões históricas e morais, os personagens são complexos e a trama, densa. Indicado também para quem gosta de contos policiais.

7. Valsa com Bashir
Obra criada por Ari Folman com ilustrações de David Polansky, sobre material original do documentário israelense homônimo. Narra a história de um ex-soldado israelense que tenta recuperar a memória perdida em um massacre de palestinos do qual participou. É uma obra pesada e que narra episódios de guerra nunca antes relatados. Dica: A Valsa com Bashir é uma adaptação de um documentário animado, procure!

8. Os Lusíadas em Quadrinhos
A clássica epopéia de Luís Vaz de Camões, publicada originalmente em 1572, virou uma HQ nas mãos do ilustrador e cartunista paulistano Fido Nesti. A edição tem uma breve biografia de Camões, também em quadrinhos, contada por ele mesmo. Fido escolheu as mais interessantes passagens dos 8.816 versos da obra original e as transformou no segundo título da série Clássicos em HQ – o primeiro é uma versão de Dom Quixote pelo cartunista Caco Galhardo. Dica: Compre!

9. Os Fugitivos
Fugitivos (Runaways) foi criada pelo badalado roteirista Brian K. Vaughan e ilustrada por Adrian Alphona. Trata-se de um grupo super-heróis adolescentes que descobre que seus pais são um grupo de supervilões. Com isso, resolvem fugir de casa e usar suas habilidades para derrotá-los. As histórias envolvem aventura, morte reviravolta e personagens carismáticos.

10. Giovanna Casotto
Ilustradora italiana de quadrinhos eróticos. A beleza de seu trabalho aliada a histórias de sacanagem explícita fizeram de Giovanna Casotto uma espécie de embaixatriz italiana do sexo. Casotto obteve reconhecimento e sucesso pela Europa e Estados Unidos com suas ilustrações impecavelmente realistas. O tratamento editorial dado ao seu livro, lançado no Brasil pela editora Conrad, faz de Casotto uma obra de arte – para maiores de 18 anos. Dica: Use com moderação e libere as fantasias ;-)

11. Calvin e Haroldo
Criada em 1985 pelo misantropo Bill Waterson, que durante dez anos alegrou crianças e adultos em mais de 2.400 jornais ao redor do mundo. Calvin é um guri hiperativo de seis anos, cujo maior amigo é o tigre de pelúcia Haroldo - que ganha vida quando não existe nenhum adulto por perto. Ao lado das fantasias e brincadeiras da dupla, surgem questões sobre política, cultura, sociedade e a relação de Calvin com seus pais, colegas e professores. Dica: Existem diversos encadernados de Calvin e Haroldo lançados no Brasil. Compre todos se puder.

12. Níquel Náusea
Genial criação do cartunista paulistano Fernando Gonsales, um veterinário e autor de histórias em quadrinhos, seu personagem Níquel Náusea começou a ser publicado na Folha de São Paulo em 1985, onde está até hoje. Níquel Náusea é uma evidente trocadilho com o famoso rato da Disney, Mickey Mouse, e as tiras trazem tiradas humorísticas sempre ambientadas por animais. Dica: Existem diversos encadernados, muitos coloridos, todos excepcionais.. Compre todos se puder.

Um mundo inteiro de bons quadrinhos ficou de fora, mas aqui há um bom começo. Gibis existem para todos os gostos, idades e bolsos. Lembre-se que tanto nas bancas como em revistarias, sebos e lojas especializadas, muitas revistas podem ser encontradas a preços acessíveis e são uma fonte inesgotável de diversão, prazer e leitura de qualidade.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Papo de Quadrinho viu: Sob o Capuz

O mini-documentário fictício acompanha a animação Contos do Cargueiro Negro no DVD lançado dia 24 de março e funciona como complemento do longa-metragem Watchmen. Não chega a ser um documentário. O formato está mais para uma reportagem nos moldes do programa americano 60 Minutes.

O jornalista Larry Culpeper reapresenta uma entrevista feita em 1975 com Holis Mason pouco depois dele lançar a autobiografia Sob o Capuz e quando o decreto Keene, que proibiu a atividade de vigilantes mascarados, já estava em discussão no Senado americano.

Stephen McHattie dá um show como o velho Holis Mason/Coruja. Na entrevista, revela tudo aquilo que os leitores de Watchmen conheceram por meio dos capítulos do livro publicados dentro HQ: a carreira policial, a influência das primeiras histórias em quadrinhos de super-heróis, a escolha do uniforme e do nome Coruja, o surgimento dos demais mascarados, a formação dos Minutemen.

O programa ouve outros protagonistas desta história: Sally Júpiter, a primeira Espectral; Lawrence Shexnayder, ex-marido e ex-agente de Sally; o vilão aposentado Moloch, o Místico; e Wally Weaver, ex-colega do Dr. Manhattan.

Na parte destinada a ouvir as pessoas da rua, uma grata surpresa: Bernard, o jornaleiro, é um dos entrevistados.

Ou seja: com exceção da Espectral, todos aqueles personagens que apareceram pouco ou nada no filme Watchmen ganham destaque neste extra.

O programa tem 37 minutos, é muito bem feito, tem ritmo e informação na dose certa. As cenas “históricas” dos Minutemen em ação - em vídeo ou fotos envelhecidos - são de encher os olhos. Os comerciais que interrompem o programa são a cereja do bolo: um do perfume Nostalgia, de Adrian Veidt, outro de um relógio de pulso digital e o último sobre um revolucionário produto para limpar privadas!

Se a animação de Contos do Cargueiro Negro decepciona sob diversos aspectos, o mesmo não acontece com Sob o Capuz. O programa capta aquilo que o texto de Holis Mason tem de melhor e essencial, e dramatiza-o de forma espetacular.

Se você gostou da sequência de abertura de Watchmen, vai adorar Sob o Capuz.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Papo de Quadrinho viu: Contos do Cargueiro Negro

A “história dentro da história” de Watchmen ganhou uma animação por ocasião do lançamento do filme e está disponível em DVD e Blu-Ray desde 24 de março.

Com duração de 25 minutos, o desenho tem produção e roteiro co-escrito pelo diretor de Watchmen, Zack Snyder. O personagem principal foi dublado por Gerard Butler, o Leônidas de outra adaptação dos quadrinhos dirigida por Snyder, 300.

Contos do Cargueiro Negro é uma HQ fictícia narrada paralelamente aos eventos de Watchmen. É, ao mesmo tempo, uma homenagem aos quadrinhos clássicos de piratas e terror e uma metáfora da trama principal, em que um homem comete atos hediondos pensando no bem comum.

A história conta a tentativa desesperada de um náufrago para salvar a cidade de Davidstown depois que teve seu navio atacado pelos sanguinários piratas do Cargueiro Negro. Navegando uma balsa construída com os cadáveres de sua tripulação, o capitão enfrenta tubarões, a fome, a solidão e a loucura. Quando finalmente chega a seu destino, descobre dolorosamente que se transformou no próprio horror que pretendia combater e se junta à tripulação maldita do Cargueiro Negro.

O desenho foi produzido de forma competente. O problema é que narrada assim, de uma só tacada, a história perde aquilo que tem de mais impressionante nos quadrinhos: a tensão crescente, a forma como que, homeopaticamente, o leitor vai sendo conduzido para dentro da loucura do capitão de Davidstown.

Na adaptação para a linguagem animada, algumas falas (poderosas) criadas por Alan Moore foram suprimidas, enquanto que algumas sequências, dramatizadas. Claro, faz parte dos ajustes necessários na transição de uma mídia para outra, mas a conclusão é que Contos do Cargueiro Negro funciona muito melhor nos quadrinhos que no desenho animado.

A trilha sonora dos créditos finais é um capítulo à parte: Pirate Jenny (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill , interpretada por Nina Simone. “(...) And the ship / The black freighter /Disappears out to sea / And On It Is Me”.

5 Perguntas para J.J. Marreiro

J.J. Marreiro começou a trabalhar profissionalmente com ilustração em livros de informática e aulas de desenho para crianças. Aprimorou sua técnica na Oficina de Quadrinhos do Ceará e, pouco depois, montou o estúdio Graph It com os colegas Daniel Brandão e Geraldo Borges. Marreiro já desenhou para publicações de diversas editoras brasileiras - Abril, Panini, Trama, Positivo e Ática entre elas – e também para o mercado internacional.

Conhecido por seus personagens Mulher-Estupenda e Lucy & Sky, J.J. Marreiro responde as 5 Perguntas do Papo de Quadrinho desta semana:

1) De onde veio a idéia de criar histórias que homenageiam a Era de Ouro dos quadrinhos?
Quando comecei a notar que o leitor esporádico não conseguia entender a grande maioria dos quadrinhos em banca. Pra entender uma só história dos X-Men, o leitor hoje é obrigado a comprar pelo menos quatro revistas. Isso é um absurdo! Lembrei que quando era guri as histórias eram fechadas e conquistavam pela sua qualidade e não pelo gancho de continuação. As histórias de antigamente eram simples, fáceis de entender e por isso tinham muito mais leitores; eram quadrinhos baratos onde a editora lucrava pela quantidade das vendas. Hoje a revista é cara porque são feitos pouquíssimos exemplares.

2) Quais são seus autores, personagens e histórias preferidas daquela época?
Charles Clarence Beck, Dick Sprang, Al Plastino, Wayne Boring e Curt Swan. Don Heck, Wally Wood e Russ Maning. São tantos artistas fantásticos que fica difícil enumerar só alguns. Walmir Amaral, Flávio Colin, Julio Shimamoto, Gedeone e Will Eisner também estão na minha lista. Esses últimos são absolutamente geniais não só pela compreensão que eles têm do desenho, do quadrinho e de sua narrativa, mas pela decência e postura de respeito com os fãs e leitores. Esses artistas geniais possuem uma generosidade e uma humildade impressionantes. No início eu gostava muito do Capitão Marvel, Fantasma, Tarzan, Raio Negro, Spirit, Batman e Super-Homem.

3) A Mulher Estupenda já foi publicada em revistas ou fanzines? Quais e em que época? Como encontrá-los?
A Mulher-Estupenda foi publicada no (fanzine) Manicomics, Areia Hostil, Clube dos Heróis, Heróis Brazucas, Devoradores de Gibis e Melhores do Mundo. Encontrar esses exemplares dependerá de seus editores ainda estarem publicando esses títulos. Na web, há aventuras publicadas no www.hqnado.com e no www.armagem.com.

4) Na sua opinião, o que falta para que os super-heróis nacionais sejam bem sucedidos no mercado?
Marketing. Produzir o material, fazer uma boa distribuição e divulgação. Quanto mais fácil encontrar o produto melhor para o leitor. Percebo que a distribuição da Panini tem sido muito mal trabalhada aqui no Nordeste; vejo muitas bancas perto de escolas e universidades que não têm títulos Panini. Isso é um equívoco irreparável porque a revista vai vender menos e vão cancelar dizendo que o leitor é culpado por não comprar. Na verdade eu não posso comprar o produto se ele não está à minha disposição nos lugares que freqüento. Má distribuição e preços elevados assassinam qualquer título.

5) Quais seus planos para a Mulher Estupenda e demais criações para este ano?
Estou trabalhando em vários outros quadrinhos que não envolvem a Mulher-Estupenda, assim ainda vai demorar para que algo realmente drástico aconteça com as publicações impressas de aventuras da personagem. Estou explorando outros temas da Era de Ouro em novas produções, a exemplo das Garotas da Selva em Apuros, que é uma série em andamento disponível no http://www.armagem.com/. Lá também tem outros personagens e autores com trabalhos muito legais. Além disso, estou tentando dar mais carga às tiras de Lucy & Sky; o mundo anda muito cínico ultimamente e isso significa uma maré muito boa para o humor.

domingo, 19 de abril de 2009

Novo blog da Júpiter 2

A editora independente do amigo José Salles tem agora um espaço virtual para atender os leitores e fãs do quadrinho nacional.

Já não era sem tempo. Antes, a divulgação dos lançamentos era feita por e-mail e em algumas comunidades no Orkut. Com o novo blog, os leitores têm como adquirir o material de acervo da editora com mais facilidade.

Criado e mantido pelo ilustrador Eduardo Manzano - colaborador da revista Mundo dos Super-Heróis e um dos artistas da Júpiter 2 - o blog disponibiliza as coleções de Máscara Negra (Salles e Manzano), histórias clássicas de Raio Negro (Gedeone Malagola) e de O Gaúcho (Júlio Shimamoto) e muito mais.

A Júpiter 2 publica exclusivamente quadrinhos nacionais e venceu o Troféu Bigorna de 2008 como melhor Editora Independente. Além de servir como catálogo da editora, o blog também promete notícias sobre o mercado brasileiro de HQs.

sábado, 18 de abril de 2009

Marvel relança "Tales of Asgard"

Uma excelente notícias para os fãs das histórias clássicas do Deus do Trovão (bom, pelo menos para os fãs americanos...).

A Marvel reuniu numa única edição a série Contos de Asgard, criada por Stan Lee e Jack Kirby como complemento das histórias do Thor publicadas na revista Journey Into Mystery 97 a 104, entre outubro de 1963 e maio de 1964.

Em Contos de Asgard, Lee e Kirby definiram a mitologia do Deus do Trovão. Nesta série, apareceram pela primeira vez personagens importantes como Lady Sif, Hela, Fandrall, Hogun, Volstagg, Balder e Karnilla, além de uma versão sobre a origem do mundo segundo a mitologia nórdica.

O lançamento da Marvel intercala as histórias com oito capas criadas pelo atual artista de Thor, Oliver Coipel. O material original recebeu novo tratamento de cores.


Imperdível! Agora, é esperar (sentado) a chegada deste material no Brasil.

MAD detona a Reforma Ortográfica

E quem não está detonando? Essa reforma é um dos maiores erros da política cultural do nosso Governo nos útlimos tempos. Uma concessão diplomática que vai tornar obsoletos milhões de livros.

Mas, enfim, vamos falar da MAD. A edição de abril tem a tal reforma como sátira de capa e, como não poderia deixar de ser, a vítima de vez é o Professor Pasquale.

A revista também traz material exclusivo sobre Watchmen, publicado pela MAD americana em edição especial para a San Diego Comic Com 2008.

Na pauta, uma gozação do novo filme nacional O Menino da Porteira, que virou O Menino da Torneira e conta com participação especial de Michael Jackson.

Esta edição também marca a estréia do cartunista brasileiro Dedo Zuka na MAD brasileira, acompanhado de Baraldi, Marcatti e a turma de sempre.



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