
A vantagem de não ser fã de determinado personagem dos quadrinhos é que você pode assistir a uma adaptação dele de maneira descompromissada. Gosto de Wolverine como gosto de muitos outros super-heróis, nem mais nem menos. Li muita coisa dele e deixei de ler outras tantas, inclusive a HQ Origem, que serviu de base para parte do filme que estreou hoje nos cinemas.
Assistindo a ele, não sei precisar quanto da cronologia de Wolverine foi alterada nem se as adaptações necessárias vão incomodar os fãs mais fiéis.
Então, no papel de leitor “descredenciado” posso afirmar que X-Men Origins: Wolverine é um ótimo filme de super-herói. O roteiro é bem construído, as cenas de ação são convincentes e Hugh Jackman volta a abraçar o personagem com tal paixão que é difícil não se deixar levar pela trama.

Uma alteração notória com relação às HQs é o que levou Wolverine a se tornar a Arma X. É diferente de tudo que já li e assisti a respeito (inclusive na nova animação Hulk vs. Wolverine). Mas, sinceramente, esta passagem do filme está tão bem amarrada ao roteiro que não importa.
Sim, o filme tem seus momentos piegas. Cenas desnecessárias, como Wolverine andando para a câmera enquanto uma parede de fogo cobre o fundo ou quando ele carrega Raposa Prateada no colo em direção ao pôr-do-sol. São poucas, descartáveis e não comprometem o resultado final.
Dois momentos ainda merecem menção. Um deles é a sequência dos créditos iniciais, com Wolverine e Dentes-de-Sabre lutando lado a lado nas mais diferentes guerras, da Secessão ao Vietnã, um cuidando do outro, como os irmãos devem fazer.
A outra é o final, que reserva a agradável aparição surpresa de um importante personagem do Universo Marvel e faz a deixa para os fatos futuros que viriam a ser apresentados no primeiro filme dos X-Men.
Resumindo: X-Men Origins Wolverine é uma excelente diversão. Respeita o leitor de quadrinhos e tem todos os ingredientes para agradar os leigos. Vá assistir. Correndo.
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